A caminho de casa reparei na quantidade de gente que à porta dos edifícios fuma olhando os carros e as pessoas que passam. Faça chuva ou faça sol, terão agora que partilhar o seu fumo com o dos automóveis, salvaguardando os pulmões daqueles que junto a si se encontram no interior. Saúdo a mudança que por agora se mostra algo estranha. Será como a Coca-Cola: primeiro estranha-se, depois entranha-se.
E por falar em automóveis, a prova automobilística que mais admiro pela dureza competitiva e a beleza paisagística, o Dakar, não largará as suas amarras. Cancelada a prova, que este ano imprudentemente concentrou metade das suas etapas classificativas num único país, ficamos privados das belezas do deserto sobre rodas.
Ironicamente, as ameaças da Al-Qaeda produziram um fenómeno cujo mediatismo provavelmente superará o esperado. Gente que trabalha um ano inteiro para este propósito estará agora a pensar se valerá a pena voltar a trabalhar outro tanto.
Por cá, as câmaras municipais de Benavente e Portimão foram lestas a reivindicar indemnizações pelos investimentos feitos que não terão retorno.
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