31.12.10

Ano Novo de 2011

Aproxima-se mais um Ano Novo.
Também 2010 o foi, há 365 dias atrás, e agora é um Velho a estrebuchar nas suas últimas horas. Tantas esperanças que se renovam neste ciclo anual para depois serem atropeladas pelas incertezas, as variáveis que transformam a vida nesta experiência à qual nos entregamos de cabeça.
2011 é anunciado como um ano horrível, terrível, em que tudo será negativo, muito por força da crise, dos mercados, da economia. Espero que assim não venha a acontecer. Sou optimista. E sei que haverá momentos maus, outros muito maus, outros bons e alguns muito bons. Chegados a 31 de Dezembro apenas nos restará fazer o balanço.
Hoje posso dizer que 2010 não foi um ano horrível, mas também não foi um ano excelente. Foi apenas mais um ano.
Estarei satisfeito de 2011 for igualmente "apenas" mais um ano. Porque passo a passo se constrói uma vida. Ano a ano vamos partilhando, experienciando, vivendo.
A todos os que ainda perdem tempo a passar por aqui em busca dos pensamentos de um gigante do gelo desejo um Bom Ano de 2011. Que supere positivamente as vossas melhores expectativas. Creio que será suficiente.

12.12.10

Filme, BD, Vídeojogo

Há filmes baseados em vídeojogos que são uma estopada, cena de combate ou de acrobacia uma atrás da outra, sem qualquer história que os sustentem para além dos efeitos especiais.
Pois "Scott Pilgrim" é baseado numa BD e à semelhança desta, filmado como se fosse um jogo de arcada. É um dos filmes mais divertidos que vi este ano, espectacular nos efeitos, e entusiamante na história de um jovem músico deprimido por razões de amor e, por amor, levado a combater os sete malvados ex-namorados da mulher que apareceu nos seus sonhos e na sua vida e que se afigura ser a mulher da sua vida.
O texto está muito bem construído, mas o que vale muito, mas mesmo muito, é o desempenho dos actores que souberam dar vida à ideia visionária de construir o filme-BD-vídeojogo desta forma espectacular.
A não perder.

6.12.10

Jogo sujo


Fair Game, é um filme claramente político, baseado na história verídica da agente da CIA Valerie Plame exposta pela administração Bush para "sacudir a água do capote", desviar as atenções e garantir a "legitimidade" da sua intervenção no Iraque.
Doug Liman assina a realização de forma competente, consegue gerir e gerar a tensão dramática com pulso forte, sem cedências a lamechices, mantendo o espectador agarrado entre o registo do filme de acção e o documentário.
Esta obra regista os tempos em que se assumiu a forma de gorvernar que hoje faz escola e prolifera: o governo através da manipulação da informação, dos meios de comunicação social, da exploração dos sentimentos básicos do cidadão, como o medo, o preconceito. O governo em que as pessoas são reduzidas a peões, números descartáveis, figuras sem rosto nem alma.
O filme ajuda a não esquecer.
Pena é que uma esmagadora maioria nem sequer assimilou os factos quando foram divulgados para os ter esquecido. Talvez agora, associando as fortes imagens dos personagens interpretados por Naomi Watts e Sean Penn, a mensagem consiga passar com mais distanciamento e a força suficiente para que o cidadão fique alerta e não se deixe enganar com semelhantes artifícios.
Pois...

3.12.10

Carta ao Pai Natal (6)


Chegou a altura do ano de fazer a carta ao Pai Natal.
O ano passado devo ter-me portado muito mal, pois não recebi nem uma das prendas que pedi.
Ora, senhor Pai Natal, cá vai:

1.º - A primeira e segunda séries, em DVD, do "FRINGE"


2.º Um verdadeiro DIA DE NEVE aqui por Lisboa :o)

3.º Uma VIAGEM NO TRANSIBERIANO de S. Petersburgo a Pequim


4.º Um cromo repetido da minha primeira edição, mas que continua a ser o meu carro de sonho, um ASTON MARTIN DB9


5.º Finalmente, porque chega de coisas, de bens materiais, gostava de ter mais TEMPO


Espero que a minha carta chegue prontamente ao seu destino e mereça a mehor atenção de forma a ver satisfeitos os meus singelos pedidos!

22.11.10

Quando o cinema é entretenimento


RED (Retired and Extremely Dangerous) é um perfeito produto de entretenimento. Vale a pena pagar o bilhete e vê-lo numa escura sala de cinema, com uma grande tela de projecção. Acompanhar com um sorriso nos lábios as cenas de acção, as piadas e a excitação que laboriosamente foi construída a cada plano.
Os actores estão excelentes, dos mais novos aos mais velhos, e que velhos!, e à saída da sala sentimos que Hollywood cumpriu fazendo um produto perfeito para esquecer o mundo lá fora.
Não se procurem reflexões filosóficas, enredos complicados, cambalhotas lógicas ou surpresas de ficar de boca aberta. A boca ficará aberta pelo riso e pela satisfação de ver um produto mais agradável que referências pretéritas como um "Die Hard" ou "Lethal Weapon".
Vejam, que este dá gozo.

15.11.10

Dúvida fotográfica

Sou só eu a achar que nesta fotografia do outdoor de campanha, Manuel Alegre parece um sem-abrigo alcoólico a quem deram um banho, cortaram o cabelo e a barba, e vestiram um fatinho e gravata?

8.11.10

Vida em Marte

Tinha seguido com interesse o remake americano desta série da BBC, desconhecendo mesmo a versão original. Por isso, é com agrado que agora ando a ver esta série em DVD.
Life on Mars, na versão original, é mais bruta, mais crua, muito mais agradável e, sem dúvida, tem melhor música que a versão americana. Sem desprezar esta última, que é bastante boa, mesmo para os padrões norte-americanos, rendo-me ao original britânico concedendo-lhe o estatuto de produto superior.
Episódios de quase uma hora cada vêem-se sem reservas, sem dificuldade, apenas com muito prazer.

4.11.10

Arcade Fire



Após inúmeras esquivas, as autoridades lá cancelaram o concerto dos Arcade Fire previsto para o Pavilhão Atlântico, por razões de segurança, atenta a coincidência de datas com a cimeira de chefes-de-Estado da NATO.


Quem fica a perder são os apreciadores que contavam com esta oportunidade para ver ao vivo uma banda bastante boa, mais a mais quando o concerto estava agendado há uma eternidade. As demoras da Administração inviabilizaram qualquer alternativa, tanto mais que foi já depois dos bilhetes estarem à venda que foi anunciada a cimeira.


Agora é hora de ir reaver o dinheiro, do qual os compradores de bilhetes estiveram despojados desde há muito. Arcade Fire, em Portugal, nem pensar.


Valham-nos os Vampire Weekend, com outro registo, no Campo Pequeno, no dia 10. Encontramo-nos lá.

1.11.10

Amigos

É bom estar rodeado de pessoas que nos conhecem bem, com as quais estamos tão à vontade que não é preciso dizer nada, ou a quem podemos dizer tudo.
Sem dúvida, é necessário aproveitar todo o tempo possível para cultivar este prazer, porque não somos ilhas. E é sempre agradável estar com amigos, em particular à volta de boa comida, boa bebida, e excelentes momentos de conversa.

29.10.10

Mudança

Este fim de semana de três dias anuncia mudanças.
Muda a hora.
Muda o tempo, que lá fora começa a chover e está anunciada uma borrasca.
Mudará muita coisa para nós se aprovarem o orçamento como previsto.
A mim apetece-me mudar para um local calmo, cómodo e sem preocupações.
Se alguém souber onde o posso encontrar, avise.
Domingo é dia de receber amigos, beber uns copos, comer umas coisitas e pôr a conversa em dia.
Há coisas que, felizmente, não mudam.

28.10.10

Mad Men

Ontem recomeçou a série Mad Men no canal Fox.
Os anos sessenta estão a entrar na segunda metade da década, e sentem-se as diferenças.
É deliciosa, esta série.
O problema, é que temos que esperar uma semana por mais um episódio...

27.10.10

Meios de comunicação social

À medida que, diariamente, leio as capas dos jornais, oiços os noticiários das rádios, vejo os telejornais na tv, fico progressivamente mais desiludido, frustrado, irritado, enjoado...
A comunicação social dos dias de hoje preocupa-se menos em informar que em ganhar dinheiro. Vale tudo. Os destinatários da mensagem que se lixem. Também não interessa, porque o povão papa tudo, e os "comentadores de serviço" mais ainda, juntando contos e pontos à medida dos interesses nada obscuros dos dirigentes políticos.
Só não vê quem não quer.
A esmagadora maioria não quer ver.

26.10.10

Curso de Japonês

Ha-ji-me-ma-shi-te wa-ta-shi wa Urso Porar de-su. Po-ru-tu-ga-ro no brogger de-su.

25.10.10

Ausência


Há quase um mês que nada escrevia nestas páginas. E não é por não ter nada para dizer. É mais por não ter disponibilidade para o fazer. O tempo não é desculpa... posso muito bem arranjar cinco minutos como estou a fazer agora. É um caso de desleixo. O Urso Polar não tem olhado pelos seus terrenos gelados, e nisto que dá.

Andamos em polvorosa. Antes das eleições o país já tinha superado a crise, tal como George W. Bush tinha ganho a guerra no Iraque quando esteve no célebre navio com a não menos célebre bandeira do "mission accomplished"

Agora, passados estes meses, sabemos que aumentar os funcionários públicos e baixar o IVA rendeu votos mas apenas cavou mais fundo o nosso buraco.

Para o Governo o Orçamento de Estado que agora se discute é a cápsula Fénix que nos salvará da escura mina onde o próprio Governo nos enterrou. Porém, de que adianta sair do buraco se cá fora estiver tudo igual ou pior?

Numa orgiástica explosão de propaganda, como não recordo no passado, todos os dias leio e vejo informação manipulada que entra pelos olhos e ouvidos do cidadão o qual, sem esforço, sem critério, sem capacidade de compreensão ou interesse em ser esclarecido, papagueia ufano, convicto de partilhar a verdade.

A verdade.

A verdade esconde-se envergonhada enquanto os profissionais da mentira manipulam, enrolam, agridem ao mesmo tempo que por si olham, enchendo os bolsos, os seus e os dos seus, sem remorso, sem moral, sem bondade. Puro egoísmo.

Nos Estados Unidos, o "Daily Show, with Jon Stewart" expõe diariamente as contradições, os logros, as falácias da classe política e os seus esbirros nos media. Por cá, infelizmente, não temos nada parecido. Porque, pelo menos, ficaria com a ideia de que não estou sózinho.

1.10.10

Chiça!

Sinto-me roubado.
Querem ir-me ao bolso e com toda a força.
As mesmas pessoas que há um ano falavam em retoma, baixaram o IVA e aumentaram os ordenados (pois, havia eleições); que há seis meses disseram que bastava mais 1% no IVA mas não era preciso mexer nos ordenados.
Agora temo por tudo o que virá atrás. Cheira-me que agora é que começamos a descida...

27.9.10

A doçura perdeu-se aos 14


Só este fim-de-semana vi, finalmente, esta intensa obra de escrita e representação. Tinha o DVD cá por casa há meses, mas fui adiando, adiando...
Hard Candy é, para mim, um dos melhores thrillers dos últimos anos, excelente pela densidade da história, do texto, dos personagens. A realização segura fecha-nos num espaço do qual queremos fugir, e nele o predador torna-se vítima, a vítima predador, os papeis alternam, a dúvida instala-se... no fim já não sabemos se torcemos por algum deles.
Ao ver o filme apercebi-me que a forma como está escrito permite a sua adaptação ao teatro, se essa não é a sua real origem. Gostava de ver esta história em cena.
Quem ainda não viu Hard Candy, faça o favor de comprar o DVD ou alugá-lo o mais rapidamente possível. É imperdível.

24.9.10

Limpinho

Olho para a loiça que sujei a fazer scones para o pequeno-almoço e penso: "ainda tenho que arrumar aquilo tudo antes de sair..."

23.9.10

Cinzento

O dia de hoje está cinzento.
E eu gosto.

19.9.10

Governo Sombra

Acabei de ouvir em podcast as duas mais recentes edições do "Governo Sombra" da TSF.
Sejam bem-vindos para alegrar todas as semanas!

17.9.10

Tai-Chi

Ontem, por uma positiva conjugação de factores, pratiquei duas horas de tai-chi e quase três de kenjutsu (sabre japonês). No fim do dia estava cansado, mas não em demasia. Seguramente, não estava esgotado.
Hoje, o meu corpo não se queixa. Antes exibe uma energia que o sustém e anima de forma activa, dinâmica, eficaz.
Gostava poder dedicar todos os dias umas horas a estas modalidades (bem como ao jisei-budo). A cada dia que passa sinto que fiz uma viragem extremamente gratificante e eficaz para a minha saúde (física e mental) quando iniciei a sua prática.
Quem quiser experimentar, diga. Garanto que se primeiro se estranha, depois se entranha e será muito melhor que a coca-cola.

16.9.10

Pergunta

Quanto "politicamente correcto" consegue um homem normal aguentar?

10.9.10

Desabafo

As coisas andam animadas por cá, e basta ler as notícias para encontrar temas interessantes. Temos o Queiroz, temos o Casa Pia, temos os desaires da selecção, temos a revisão constitucional, temos o Benfica, temos o orçamento, temos o Sporting, temos o Duarte Lima e a sua cliente morta no Brasil, temos o Porto...
Deixem a treta do futebol para os 90 minutos em campo, por favor. Já chateia o tempo de antena dado a essa corja de chupistas, aldrabões, calaceiros, mimados, preguiçosos, incompetentes, esbanjadores e incendiários que são os jogadores e dirigentes, mais todos os comentadores peritos no vazio daquela matéria.

Eu, por aqui, nunca trabalhei tanto como agora, o que se nota neste blog pois nem para escrever qualquer coisinha tenho tempo, calma e disposição.
Valham-nos estes desabafos.

27.8.10

Estupidez humana


Há gente que demonstra uma estupidez atroz nas suas acções. Esta senhora, Mary Bale, quando confrontada com as gravações, terá dito, "Não percebo porquê tanta confusão. É apenas um gato". Felizmente, no Reino Unido, há a RSPCA, e acções destas dão direito a pesadas penalzações.
Por outro lado, já há uma retaliação por parte dos gatos, como se pode ver no vídeo seguinte

23.8.10

Bola na relva

Ontem, a convite da Dielmar, marca da qual sou cliente, tive a oportunidade de ir à bola.
Assim, sim, vale a pena ir ver um jogo de futebol. Em camarote, sentado em cadeiras iguais às das salas de cinema, com direito a comida e bebida e uma televisão ao alcance do olhar para ver aquela repetição que nos tira as dúvidas quanto ao lance que acabámos de ver ao vivo.
O jogo: Sporting-Marítimo. O ambiente era de festa e foi de festa até ao fim porque aos 89' os da casa lá meteram a bola na baliza contrária.
No final, como o dia estava bem agradável, vim a pé para casa. Foi um domingo diferente, e não me importava nada que se lembrassem de mim para ir assistir a mais um jogo de vez em quando. Ainda que seja do Sporting...

20.8.10

"A origem" é original

Como não estou com muita pachorra para escrever, vou ser o mais sintético possível.
A ideia do filme está muito bem criada. A história desenvolve-se muito bem. Ainda assim, o ritmo é incerto. havendo "saltos" grandes, nitidamente resultado da necessidade de não estender a duração para valores pouco comerciais.
Em termos cinematográficos, os actores movem-se bastante bem, sendo certo que os seus personagens não têm densidade ou profundidade suficientes para revelarem dotes de interpretação. Mas as cenas de acção estão muito, muito bem feitas. Bem imaginadas e melhor convertidas em imagem, animam o espectáculo e fazem suster a respiração.
Porém, o filme, toda a história, é construído num sentido e o fim deixa um gosto algo insuficiente. Sem querer estragar o final, apenas direi que estava à espera de algum arrebatamento e apenas encontrei um encerramento chocho.
É uma boa peça de entretenimento, diverte e anima, e até faz pensar um pouco. Mas ficou muito aquém das espectativas.
Nota três para a desilusão, salva pelo onírico convertido em imagem de cinema.

15.8.10

Berlivros


Desta feita, valeu ter viajado em grupo, pois a divisão de peso permitiu que não tivesse que pagar excesso na bagagem. É que por Berlim, "só" comprei estes livros.

10.8.10

Regresso à canícula

De regresso desde Berlim (e ao trabalho durante quatro dias), deixo aqui a primeira nota sobre a cidade que revisitei três anos depois.
Berlim está em constante mutação, com inúmeras construções novas a alterar ostensivamente a paisagem. Entre o bom gosto e o excesso de tudo se encontra no centro da cidade que continua cheia de turistas. À medida que o perímetro se afasta desse centro, mais facilmente se encontram as carências e desaparece a "cara lavada" que nos é apresentada junto das grandes atracções culturais.
Ainda assim, e mesmo com a frieza das pessoas com quem nos cruzamos, ainda acho que, pela sua escala e património, Berlim será um sítio porreiro para viver. Não seria nunca a escolha número um, mas é claramente uma boa opção, pelo menos para algum tempo.

28.7.10

Sem encanto

Mark Knopfler está um velhinho sem chama nem encanto.
Hesitei muito na compra dos bilhetes e só na passada semana me decidi a arriscar. Fiz uma má escolha.
O concerto que há pouco acabou no Campo Pequeno mostrou-o sem voz, sem entrosamento com os músicos que o acompanham, e tocando as suas guitarras como se lhe faltasse um dedo em cada mão. Como se tocasse sentado no seu sofá, não se levantou da cadeira enquanto martelava as notas dos sucessos de outrora.
As letras foram apenas murmuradas, como fazem aqueles velhos que contam as suas histórias entaramelando o fim das frases que começam com genica e findam de forma imperceptível.
Tenho visto bastantes concertos de estrelas que vêm de há muito. De velhinhos. E nenhum foi tão mau como Mark Knopfler.

26.7.10

Quase

Amanhã não é dia de trabalho.

20.7.10

É preciso parar

No domingo parei. Por três horas... os pés na areia, uns mergulhos no mar, o corpo estendido ao sol mirando um livro.
Foi um começo.
Foi um bom começo.

2.7.10

Adeus, Amigo

28.04.2000 - 02.07.2010

30.6.10

Tomatinhos

A Queiroz faltou a visão e a coragem de retirar Ronaldo (não jogou mesmo nada, ontem) e deixar em campo o Hugo Almeida (por quem não nutro particular apreço mas ontem estava a jogar bem).
Em todo o caso, alguém duvida que os espanhois jogaram melhor? Contem-se as excelentes intervenções de Eduardo.
Por mim, até estou satisfeito. A Selecção até fez mais um jogo do que aquilo que eu estava à espera.

23.6.10

Não percebo

Lendo na televisão, em rodapé, "Polémica em Faro - Macário quer acabar com pausas prolongadas para café", eu pergunto: qual polémica?
Macário quer acabar com uma prática vergonhosa?
Meus amigos, trabalhem, durante o vosso horário e façam como as pessoas produtivas fazem, ou seja, se pararem para um café, um sumo, um iogurte, uma água, um bolo, uma peça de fruta, uma ida à casa de banho... façam-no num instantinho, sem perturbar o serviço e sem desaparecerem por meia-hora, como se costuma ver em serviços públicos, nomeadamente camarários ou, aí tão descarados, nos CTT.

18.6.10

Saramago partiu

Aos 87 anos partiu José Saramago. Deixou de ser. Deixou de estar, o que o preocupava. O "deixar de estar".
Autor de obras inesquéciveis, vencedor do prémio Nobel da litertura, sempre polémico, o escritor foi apanhado pela idade e pela doença. Vai-se o homem, fica a sua memória, nos seu livros. Os últimos já denotavam que a chama se apagava. Mas em nada ensombraram os seus melhores momentos. Memorial do Convento; Jangada de Pedra; O Evangelho Segundo Jesus Cristo; Ensaio Sobre a Cegueira; O Ano da Morte de Ricardo Reis; A História do Cerco de Lisboa...
Por aqui fica uma recordação:


16.6.10

Bola

Entre ontem e hoje só se ouve falar de bola.
Demorará muito a perceberem que esta selecção não dará grandes alegrias, tão confrangedor é o futebol que joga?
A malta deveria era preocupar-se com coisas verdadeiramente importantes... tais como pedir bom tempo a sério e constante para permitir ir para a praia no fim-de-semana.

11.6.10

Saiam da frente

No início do Inverno, a CREL esteve interrompida porque desmoronou um monte sobre a estrada. Se querem ver algo parecido, carreguem aqui e vejam como em Itália uma montanha desmoronou. É verdadeiramente impressionante.

Hoje é notícia

O título é d' "O Público".
Merce uma leitura, a notícia. Assim como merece uma leitura, o relatório. Comecem pelas conclusões.
Nos países civilizados, Governos caíram por muito menos. Por aqui, o Parlamento vale mesmo muito pouco. Mas é assim: ao longo dos anos os Partidos Políticos têm optado por apagar a Assembleia da República. Cada vez menos o nosso sistema é parlamentar, pois o parlamento parece uma figura de estilo, um enfeite para entreter, enquanto o poder se concentra todo no Governo, com umas alfinetadas do Presidente.
Os mecanismos de controlo e equilíbrio não funcionam. Reina o descontrolo e o desequilíbrio.
Mas a malta quer é futebol o que poderá ser confirmado pelo tempo que esta notícia terá nos telejornais, competindo com a abertura do Mundial e os dois primeiros jogos.
Mas não se deixem enganar.
O relatório está disponível na íntegra aqui.

9.6.10

Não tem piada

Qual é a piada de apanhar uma constipação em Junho, quando no fim-de-semana é Verão e durante os dias de trabalho é Inverno?

5.6.10

Comedor de pérolas


Anteontem morreu João Aguiar, o escritor.
Foi o escritor português com quem mais me identifiquei. Porquê? Porque ao ler as suas obras, e não tanto os romances históricos, mas mais os romances de intriga e do fantástico, reconhecia no estilo aquilo que gostava de ver nos meus arremedos de escritor. É caso para dizer que "quando for grande gostaria de escrever como ele".
João Aguiar era presença constante na Feira do Livro de Lisboa. Dirigia-me a ele quase todos os anos para pedir um autógrafo e aproximar-me daquele senhor que, com uma simplicidade atroz, contava histórias que me prendiam de fio a pavio. Porém, nunca consegui trocar com ele mais do que palavras de circunstância, por nem saber o que poderia dizer-lhe.
Se ainda não conhecem, estão a tempo de descobrir a obra de João Aguiar. Não haverá mais novidades, mas aquilo que tem escrito dará para muitos serões de leitura.

1.6.10

Coincidência, ou talvez não...

Duas notícias lidas esta semana estão ligadas entre si por um aparelho.
A partir de hoje começa a aplicação do "chip de matrícula" que mais não é que um identificador tipo "ViaVerde", incluíndo as funções deste meio de pagamento. Há um período de adaptação de um ano (daqui a um ano estará tudo à última da hora a arranjar um "chip") mas o objectivo é que, a breve trecho, todos os automóveis tenham um desses aparelhos.
A segunda notícia dizia que no próximo ano a Brisa irá reduzir, e até mesmo acabar, com os portageiros. Pois, se o Estado impõe que todos adiram à sua Via Verde... tudo fica mais fácil, barato e lucrativo para a empresa privada.
E se eu, com identificador, quiser pagar a portagem em dinheiro (para não deixar rasto)?
E o estrangeiro, como pagará a portagem?
A menos que para estes ponham máquinas do tipo das dos parque de estacionamento... Olha!, se calhar é essa a ideia.

31.5.10

Um tri-tri-tri-trinaranjus de li-li-li-limão


Quando era miúdo a Coca-Cola e a 7UP não dominavam. Não. Aliás, nem se viam...


Nas festas de anos, em cima das mesas, imperavam as garrafas de Sumol ou Fruto Real, uma ou outra de gasosa e aquele que era, segundo os pais, o sumo "bom", porque não tinha gás: o Trinaranjus.

Lembrei-me disto porque por todo o lado se vê a nova campanha da marca e dela ressalta a mensagem na garrafa avisando que tem "14% de sumo".
Os tempos são, efectivamente, outros. Em plena década de 70, o açucar era parte integrante da nossa alimentação (punhamos açucar em tudo, e em grande quantidade) e ninguém se aborrecia por qualquer refrigerante ser extremamente doce. E os "gordos" eram mesmo uma minoria".
Voltando às festas de anos, recordo que o Trinaranjus só era bebido quando acabavam os que tinham gás. Se não tinha gás, não tinha gozo.
E anos mais tarde, quando comecei a sair à noite e o vodka-limão era a minha bebida de eleição, era o Trinaranjus de limão que nos bares e discotecas era posto no copo juntamente com o vodka (até eu passar a dizer que queria o vodka só com o sumo de um limão).
Hoje olho para a campanha da marca e não consigo imaginar-me a comprar Trinaranjus. O produto não me diz nada.
"Estava a go-go-go-gozar co-co-co-comigo?
Nãããã... estava a go-go-go-gozar co-co-co-com ele."

25.5.10

Meias verdades

Tenho pena dos deputados. Decidiram reduzir em 5% o seu salário, como exemplo e dando mostras de sacrifício pessoal em tempo de crise. Assim como o dos gestores públicos.
Esqueceram-se foi do seguinte: para além do vencimento, acumulam ajudas de custo e despesas de representação, as quais, segundo notícia de hoje, até foram aumentadas, reforçadas, em sede orçamental. E esqueceram-se também que para quase todos eles ser deputado é um part-time que acumula ao exercício de outras profissões remuneradas.

24.5.10

Nelo e Idália


Logo pela manhã, cheguei à janela e vim um carro que acabava de estacionar. Do seu interior saí um casal que não podia ser mais parecido com o Nelo e a Idália. Tinham uma filha, pré-adolescente, que pela cara de segunda-feira só queria estar em todo o lado menos ali.

23.5.10

Ohh!

Nope!... Ainda não é hoje.

18.5.10

Será que consigo?

Olhando pela janela fico mesmo com vontade de, este fim de semana, arranjar um dia para me estender na areia a ler um livro, apanhar sol e, quem sabe, dar um mergulho ou dois.
Será que consigo?

11.5.10

The bells, Master, the bells...

Lisboa está em estado de sítio. Caças voam pelos ares. Milhares de pessoas enxameiam as ruas, por entre centenas de polícias. Não se consegue circular, passar, apanhar um transporte público regularmente.
À frente da minha casa os sinos da igreja não se calam há uma eternidade.
Pelo sim pelo não, para compensar, pus Marilyn Manson a tocar...

10.5.10

Distraídos


O Benfica foi campeão este ano, e a festa fez-se ontem. Vai durar bastante tempo a satisfação daqueles que ontem encheram o Marquês de Pombal e o deixaram enxameado de latas de cerveja vazias e garrafas partidas.

O Papa chega amanhã, e durante uma semana só se falará dele, dos que gostam e veneram, àqueles que se queixaram das restrições de circulação e estacionamento.

Logo pela manhã, escondida entre as outras notícias, ouvi no rádio que se prepara um aumento de impostos, nomeadamente do IVA (sem sequer atenderem que quanto maior for o IVA maior será a fuga ao mesmo, pela não facturação).

Enquanto a turba passa distraída, com futebol e Fátima, vão-nos ao bolso.

6.5.10

Surpresa

Tudo começou no Facebook, onde foi lançado o mote. Para mim era só mais um jantar entre amigos, aproveitando a oportunidade para estarmos todos juntos. Como era a meio da semana e ando a modos que apertado de tempo cheguei a ponderar não ir. Assim como assim, jantares há muitos e decerto brevemente teríamos oportunidade de nos reunirmos de novo.
Porém, acedi ir, até porque, estranhamente, a hora agendada era a das 19h30, o que permitia pensar que cedo estaríamos despachados e que a malta não estava para prolongar a janta numa véspera de dia de trabalho.
Porém, o jantar foi uma partida. A presença alargada de amigos e familiares deu logo o mote. Os mentores da iniciativa casaram-se ontem à tarde e o jantar foi a forma de reunir amigos e família no dia do acontecimento, o que só então foi anunciado.
Uma surpresa.
Fiquei satisfeito por não ter optado por me encostar no sofá a espera do dia de hoje. Foi um jantar diferente.

4.5.10

Ofendida?

Então não é que agora reage como donzela ofendida, e num acto "magnânime" recusa as ajudas de custo?
É impressão minha ou ainda quer virar este escandaloso affaire contra todos os outros quando é manifesto que um Deputado que concorre por Lisboa, dando a morada de Lisboa, não deveria, nunca, ter ajudas de custo para ir todos os fins-de-semana para Paris.
Quando o País está a passar por dificuldades financeiras, quando se fala em reduções do subsídio de desemprego, de sacrifícios de todos os portugueses para superar a crise estrutural para a qual fomos atirados por anos e anos de cegas políticas, era obsceno o gasto com as viagens em causa.
Outro dia, numa clara encomenda jornalística, anunciava-se que os Juízes ganhavam muito mais que os deputados. Sim. Se não contarmos com todas as ajudas de custo que estes últimos têm. O Juiz, em exclusividade pois nada mais pode fazer que seja remunerado, se quiser, apanha o comboio. O Deputado, que tem quase sempre outra profissão, rentável por sinal, tem ainda um acervo de regalias condignas atento o seu estatuto. É por isso que fica muito mal na fotografia quem pretende furar o esquema para ainda ir sacar mais algum.
E agora, perante a publicidade negativa que o caso gerou, arma-se em vítima.
É preciso descaramento!

3.5.10

Excessos

Agora até fazia uma pausa, assim de uns três meses, para me sentar ou deitar a ler tudo o que ontem comprei na Feira do Livro.

30.4.10

Peluche

Ontem os Mão Morta apresentaram em concerto, no Coliseu dos Recreios em Lisboa, o seu último álbum, "Pesadelos em Peluche".
Continuam iguais a si próprios, duros mas melódicos, capazes de fazer estremecer o Coliseu, mas ao mesmo tempo embalando-o num cuidado dedilhar de notas. Adolfo Luxúria Canibal, dançando como um zombie epilético, grunhe, grita, guturalmente expressa as letras cruas e aprimoradas dos temas, sejam eles novos ou antigos. Tal como sempre nos habituou.
Uma entrada a matar com dois êxitos do passado abriu portas para os temas novos que muitos fãs já cantavam. Ao fim de duas horas de concerto o mesmo findou com o amargo sabor de parecer pouco tempo.
O Coliseu estava pouco cheio, talvez três quintos da sua capacidade. E, realmente, acho que o espaço não favorecia a banda. Se não quiséssemos estar na linha da frente da plateia (sinceramente, já não tenho idade para isso) tornava-se necessário um compromisso: as bancadas laterais, com óptima visibilidade, perdiam clareza no som da voz, todo ele projectado para o fundo da sala; aí, porém, já a banda estava longe e os mais baixos nada viam, pois para plateia corrida, em pé, seria mais adequado um palco com o dobro da altura.
Para mim, os Mão Morta devem ser vistos em anfiteatro, como já aconteceu no Fórum Lisboa, na Culturgest, ou no São Jorge.
Tenho agora o disco para escutar com atenção, e apanhar os refrões que ontem, facilmente, ficaram no ouvido. Sigam o capitão.

21.4.10

Livros

A 80ª Feira do Livro de Lisboa regressa ao Parque Eduardo VII de 29 de Abril a 16 de Maio, com novos horários e novas propostas culturais:
Segunda a sexta: 12:30 pm - 11:30 pm
Sábado e domingo: 11:00 am - 11:30 pm
Espero que todos aproveitem para passar por lá.

19.4.10

Sabedoria

Este fim-de-semana passei 13 horas num seminário incrível com Mestre Kenji Tokitsu.
A experiência é inesquecível e os seus efeitos vão prolongar-se no tempo. À medida que for continuando as aulas de Tai-Chi, seguramente irei consolidar e desenvolver os ensinamentos deste seminário.
Por ora sinto o corpo moído pelo trabalho realizado. Doem músculos que esquecemos, que deixámos de usar e que tanto têm para dar. A experiência arrasa qualquer mito de que o Tai-Chi é "aquela coisa levezinha que as pessoas fazem paradas ou mexendo os braços". Garanto-vos que este Tai-Chi e as modalidades marciais associadas estão muito longe disso.
Esperamos agora que daqui a seis meses o Mestre regresse para partilhar connosco a sua sabedoria.

10.4.10

Shogun


Faz uma semana que, em duas sessões alargadas, vi de seguida uma série de televisão que faz parte do meu imaginário infantil, pois passou em Portugal tinha eu à volta de dez anos.
Falo de "Shogun", de James Clavell.
Devo dizer que o produto envelheceu muito bem. Vê-se com prazer sem aqueles constrangimentos com os quais a técnica de então marcou muitas outras séries de televisão.
O aspecto que mais salta à vista é, sem dúvida, o esforço de reconstituição nos cenários, guarda-roupa e na reprodução do modo de estruturação da sociedade feudal japonesa do final do século XVI, princípio do século XVII.
Curioso mesmo foi recordar-me de tantas cenas de algo que vi vai para quase trinta anos.
Recomendo que a vejam. Sem receios, especialmente se a tiverem na memória como uma boa série.

9.4.10

Quando as coisas funcionam bem


No fim-de-semana passado, passeava com amigos por Sintra quando em pleno centro da vila nos apercebemos que, no adro da igreja, alguém deixara um saco de uma câmara fotográfica. Após vários minutos durante os quais ninguém voltou para o reclamar , lá lhe mexemos apercebendo-nos então que o saco não estava vazio, tendo no seu interior a dita câmara.
Deixando no local um aviso sobre o destino do achado, levei-o para o posto do sub-destacamento territorial de Sintra da GNR onde o entreguei.
Fui atendido pelo graduado de serviço, o Cabo Joaquim Silvestre, que muito atenciosamente recebeu o saco e elaborou o competente auto, ao mesmo tempo que comandava os seus subordinados numa saída para irem pôr cobro a uns desacatos dos quais chegara notícia àquele posto. Ajudando-o na tarefa de saber a quem pertencia o achado, liguei a câmara e juntos vimos logo nas três primeiras fotografias um casal com o qual me cruzara junto à igreja e que àquela hora já deveria andar em busca da sua reflex Canon.
Preenchido que ficou o "Auto de Achado" dele constei que há um "sistema integrado de informação sobre perdidos e achados - SIISPA", no qual os objectos são registados informaticamente sendo que em qualquer posto da polícia pode ser prestada informação de que foram achados.
Neste caso, porém, nem foi preciso. Meia-hora depois telefonou-me o Cabo Silvestre informando que os donos já lá tinham aparecido para reclamar o saco com a câmara, avisados que foram pelo meu escrito.
Fiquei satisfeito por ter contribuído para a recuperação daquela câmara fotográfica, mas mais satisfeito ainda por ter sido tão eficaz, correcto e atencioso o atendimento no Posto da GNR de Sintra (junto à estação da CP).
E se aqui conto este episódio, é porque também sabe bem contar as histórias boas e que acabam da melhor forma.

6.4.10

A bolsa ou a vida

"António Mexia mais bem pago que Steve Jobs", é um dos títulos de hoje do DN.
A notícia reza assim:

"Presidente da EDP ganha mais que os presidentes da Microsoft e da Apple.

Apesar de ser o gestor mais bem pago do PSI-20, António Mexia não tem o maior salário entre os responsáveis das eléctricas europeias. Os 3,1 milhões de euros de remuneração do presidente da EDP ficam aquém das obtidas nas empresas do sector na Alemanha, a RWE e a E.ON, mas acima dos salários de Steve Balmer, presidente da Microsoft, ou Steve Jobs, presidente e fundador da Apple (...)
Com uma remuneração de 3,1 milhões de euros em 2009, António Mexia está em terceiro nesta lista. No entanto, o gestor da eléctrica nacional só recebeu 703 mil euros de salário fixo, sendo o restante valor atribuído em bónus, quer anuais quer plurianuais - referentes a anos anteriores mas entregues em 2009 - razão pela qual a remuneração do presidente da EDP cresceu dois milhões de euros num ano, a título excepcional, já que em 2008 António Mexia recebeu quase 1,3 milhões de euros.
No total, a empresa pagou 17,6 milhões em remunerações aos membros do conselho de administração executivo, segundo os valores disponíveis no relatório de governo de sociedade da eléctrica.
Com salários abaixo do auferido por António Mexia estão os responsáveis da Gás Natural e da EDF. Salvador Gabarró Serra, presidente da eléctrica espanhola, auferiu 1,1 milhões de euros em 2009, sendo que a empresa pagou quatro milhões de euros em salários aos seus administradores, quer executivos quer não executivos.
Já Pierre Gadonneix, presidente executivo da empresa francesa até Novembro, recebeu um total de 729 mil euros. Henri Proglio, que ocupou o seu lugar, auferiu 154 mil euros (...)"

A afronta é tal que o comentário a esta notícia é obvio. Merecerá este senhor tamanho rendimento? Quando comparado com os gigantes mundiais da informática e com as eléctricas de países muito mais ricos, muito maiores e, seguramente, que movimentam muito mais verbas, infraestruturas só posso gritar que cada vez mais uns poucos se enchem à custa de muitos. E depois, gostam de apontar o dedo aos escandalosos vencimentos dos trabalhadores dependentes, que aindam ousam pedir aumentos que nem chegam a € 50,00 por mês, os gananciosos...

Sinto-me assaltado por cada conta da electricidade que paguei até hoje. Contas sempre, sempre, a crescer. São os custos operacionais, dizem... Pois!


2.4.10

Brunch no Chiado


No domingo passado fui almoçar ao Kaffeeaus, ao Chiado (Rua Anchieta). Já lá não ia havia algum tempo e fiquei agradavelmente surprendido pois o espaço cresceu e agora até tem umas mesas na rua.
Foi aí que fiquei, ao sol quente e debaixo de um brilhante céu azul.
Conselho do Urso Polar: aproveitem sempre para gozar o bom tempo. Este ano o Urso esteve demasiado tempo dentro da toca.

1.4.10

Gulbenkian - naturezas mortas


Na Gulbenkian está em curso a exposição A Perspectiva das Coisas. A Natureza-Morta na Europa - Primeira parte: Séculos XVII – XVIII.
Passei por lá outro dia e posso dizer que é uma mostra bastante significativa e bem organizada que nos abre o apetite para a parte II que se seguirá brevemente.
Devemos aproveitar as ofertas que temos à porta de casa. E lamento-me por muitas vezes o não fazer. Mas nestes dias em que o sol começa a despontar em força, uma ida à Gulbenkian (dica: ao domingo de manhã não se paga para ver a exposição), um passeio pelos jardins, um almoço numa esplanada, um gelado a meio da tarde... garanto-vos, é um domingo bem passado.

31.3.10

Desvario

“Um belo país a contorcer-se num rumo ao infinito”, 2009
Técnica mista sobre papel
64x64 cm
ALEXANDRA MESQUITA

Vai ficar bem na minha sala, não vai?

Joana Bagulho e Carlos Paredes


No sábado passado estive no CCB a ouvir, em tom intimista e com direito a conversa e explicação do trabalho feito, a cravista Joana Bagulho. O seu mais recente trabalho, ainda em desenvolvimento, ampliação e aperfeiçoamente é a transposição da música de Carlos Paredes para cravo.
O resultado é extraordinário, comovente e verdadeiramente inspirador.
Joana Bagulho está de parabéns pelo árduo esforço criativo cujos frutos merecem ser ouvidos vezes sem conta. Ficamos ansiosamente à espera do prometido disco, que já tem lugar guardado na prateleira dos CDs.
Cliquem na ligação acima e entrem na página do myspace da artista. Têm lá mais informação e podem ouvir algumas das peças em causa.

Senhor Galandum


Galandum Galundaina é um grupo que canta em mirandês e faz world music de alto gabarito. O último disco, Senhor Galandum, foi uma agradável descoberta e recomendo vivamente a sua aquisição.
Podem espreitar aqui, ouvindo um pouquito do mesmo.

26.3.10

Mudança

Está em marcha uma alteração de fundo na minha vida. A partir de dia 20 da Abril abraçarei uma nova fase na carreira, a qual me tomará três anos.
É um desafio.
Será, seguramente, uma dor de cabeça.
Contudo, faz bem mudar a rotina e descobrir outras realidades.