ENVIAR MENSAGENS AO PRESIDENTE DA REPÚBLICA
pedindo que a sua decisão seja a de convocar eleições antecipadas também pode ser feito pela internet. Basta ir à página
http://www.presidenciarepublica.pt/pt/main.html , da qual fiz este link.
Uma vez aí, clicar no link: CORREIO ELECTRÓNICO
É necessário pôr o nome e endereço normal.
No menu do motivo escolher "comentar, sugerir ou fornecer opinião"
No menu da área temática escolher "assuntos políticos".
Para facilitar o trabalho, até sugiro a seguinte mensagem:
assunto: eleições antecipadas, por favor.
texto:
Venho por este meio expressar a Vossa Excelência a minha preocupação pela situação política actual e sugerir a dissolução do parlamento e convocação de eleições antecipadas, como forma de assegurar a legitimidade democrática do próximo Primeiro-Ministro de Portugal.
Com a mais elevada consideração,
[nome]
Divulguem, se quiserem, esta mensagem. Pelo menos expressaram a vossa opinião a quem tem que decidir.
Se forem adeptos da solução contrária, por favor, não digam nada ao Sr. Presidente (eh, eh, eh, eh).
30.6.04
Fora de prazo
Já fui claro ao manifestar-me contra a possibilidade de PSL ser PM.
Contudo, a oposição estende-se a qualquer nome que o PSD indique. E porquê?
As legislaturas têm quatro anos. Durante muito tempo, nos primórdios da vigência da actual Constituição da República Portuguesa, vivemos governos que, por dependerem de coligações à direita e ao centro, caíram antes de completar a legislatura, corroídos por desentendimentos internos e perda de crédito público.
Tudo mudou com Cavaco Silva, que foi o primeiro a ousar governar em minoria e, num golpe de teatro politico-eleitoral bem engendrado, demitir-se para forçar novas eleições onde obteve a primeira maioria absoluta. Desde então habituámo-nos a aturar governos de legislatura, para o bem e para o mal.
Até que Guterres, desgastado e agastado, também se demite num claro atirar de toalha para o ringue, impedindo a manutenção de um governo por 4 anos, e iniciando o presente ciclo. É que Barroso leva à mesma situação: ao demitir-se, impede um governo de legislatura.
Caso o PSD indique novo PM que Sampaio aceite, este não irá apenas substituir Barroso. O novo PM apresentará um governo totalmente novo. O resultado das Europeias revelou que o povo eleitor não gostou da actuação recente do partido do governo e, infelizmente, os nosso políticos olham com mais cuidado para as suas hipóteses de reeleição para se perpetuarem na ribalta política, pelo que se avizinham medidas menos coerentes, sistemáticas, mas mais pontuais, populistas.
O que se acentua pelo facto de, se for aceite um novo governo PSD/PP, este estar a prazo, limitado no tempo a menos de dois anos. Um novo naipe de ministros, que demorará cerca de três meses a entrar plenamente em funções, certamente quererá alterar as políticas do governo antecessor, a fim de deixar a sua marca, o seu cunho pessoal. Em menos de dois anos, não terá tempo para obter resultados de políticas reestrurantes, pelo que, e assim ensina a experiência, com a aproximação das eleições, terá que apresentar obra feita. A qualquer custo.
Aqui chegados, sou levado a concluir que os resultados das legislativas de 2002 estão fora de prazo. Já não é útil mantê-los.
É preferível ter novas eleições e legitimar um governo para quatro anos. E, apesar da tendência, actualmente, parecer favorável ao PS, nada impede que tais eleições venham a conferir a vitória ao PSD. E aí, com PSL (livra!) ou com qualquer outro, o PSD poderia ter um governo estruturado para 4 anos, capaz de implementar políticas sem a pressão de novas eleições.
Por tudo isto: ANTECIPADAS, JÁ!
--------------------
Uma nota final, esta de satisfação pessoal. Ontem, pelas 15h 16m, alguém que acede à internet pela TELEPAC, foi o milésimo leitor deste blog.
Para uma página pessoal, que se limita a ser o espelho das opiniões de um Urso Polar que alguns dos leitores nem conhecem pessoalmente, acho que é fantástico. A brincadeira espalhou-se pelos amigos, e destes para outros e outros. Por mil vezes alguém decidiu ver aquilo que escrevo.
Estou muito agradecido por me fazerem sentir que não estou a escrever para o vazio da virtualidade informática, mas sim para gente real, que quer ler os meus devaneios.
Obrigado a todos.
Contudo, a oposição estende-se a qualquer nome que o PSD indique. E porquê?
As legislaturas têm quatro anos. Durante muito tempo, nos primórdios da vigência da actual Constituição da República Portuguesa, vivemos governos que, por dependerem de coligações à direita e ao centro, caíram antes de completar a legislatura, corroídos por desentendimentos internos e perda de crédito público.
Tudo mudou com Cavaco Silva, que foi o primeiro a ousar governar em minoria e, num golpe de teatro politico-eleitoral bem engendrado, demitir-se para forçar novas eleições onde obteve a primeira maioria absoluta. Desde então habituámo-nos a aturar governos de legislatura, para o bem e para o mal.
Até que Guterres, desgastado e agastado, também se demite num claro atirar de toalha para o ringue, impedindo a manutenção de um governo por 4 anos, e iniciando o presente ciclo. É que Barroso leva à mesma situação: ao demitir-se, impede um governo de legislatura.
Caso o PSD indique novo PM que Sampaio aceite, este não irá apenas substituir Barroso. O novo PM apresentará um governo totalmente novo. O resultado das Europeias revelou que o povo eleitor não gostou da actuação recente do partido do governo e, infelizmente, os nosso políticos olham com mais cuidado para as suas hipóteses de reeleição para se perpetuarem na ribalta política, pelo que se avizinham medidas menos coerentes, sistemáticas, mas mais pontuais, populistas.
O que se acentua pelo facto de, se for aceite um novo governo PSD/PP, este estar a prazo, limitado no tempo a menos de dois anos. Um novo naipe de ministros, que demorará cerca de três meses a entrar plenamente em funções, certamente quererá alterar as políticas do governo antecessor, a fim de deixar a sua marca, o seu cunho pessoal. Em menos de dois anos, não terá tempo para obter resultados de políticas reestrurantes, pelo que, e assim ensina a experiência, com a aproximação das eleições, terá que apresentar obra feita. A qualquer custo.
Aqui chegados, sou levado a concluir que os resultados das legislativas de 2002 estão fora de prazo. Já não é útil mantê-los.
É preferível ter novas eleições e legitimar um governo para quatro anos. E, apesar da tendência, actualmente, parecer favorável ao PS, nada impede que tais eleições venham a conferir a vitória ao PSD. E aí, com PSL (livra!) ou com qualquer outro, o PSD poderia ter um governo estruturado para 4 anos, capaz de implementar políticas sem a pressão de novas eleições.
Por tudo isto: ANTECIPADAS, JÁ!
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Uma nota final, esta de satisfação pessoal. Ontem, pelas 15h 16m, alguém que acede à internet pela TELEPAC, foi o milésimo leitor deste blog.
Para uma página pessoal, que se limita a ser o espelho das opiniões de um Urso Polar que alguns dos leitores nem conhecem pessoalmente, acho que é fantástico. A brincadeira espalhou-se pelos amigos, e destes para outros e outros. Por mil vezes alguém decidiu ver aquilo que escrevo.
Estou muito agradecido por me fazerem sentir que não estou a escrever para o vazio da virtualidade informática, mas sim para gente real, que quer ler os meus devaneios.
Obrigado a todos.
29.6.04
ONDA DE CALOR
Segundo ouvi na rádio, hoje até nas Penhas Douradas a temperatura vai ultrapassar os 30º. Pelo Alentejo, acima de 40º.
Uma onda de calor varre o país. Os ânimos já aquecem com a proximidade do jogo com a Holanda, e fervem com a triste perspectiva de PSL poder vir a ser Primeiro Ministro.
Só vejo um remédio para passar o dia.
(fotografia de Urso Polar)
Por terras de Guerra, George W. Bush promoveu uma passagem de testemunho à sorrelfa para um Governo fantoche e amedrontado. "Tomem lá o poder (?) mas nós aumentamos os efectivos do exército ocupante que ficará aqui a controlar o país". Pelo meio insistiu em dizer que, antes da invasão o Iraque era ocupado por um ditador perigoso que tinha armas de destruição massiva. Sera que aquele indíviduo que aparenta ter neurónios a menos não sabe que não foram encontradas tais armas? Ou refere-se à granada de artilharia antiga, velhíssima, que encontraram? É que, a ser assim, qualquer dia acusam a França de ter armas de destruição em massa quando encontrarem um obus não detonado de gás mostarda na Terra de Ninguém, que ali esteja desde a 1ª Grande Guerra.
Uma onda de calor varre o país. Os ânimos já aquecem com a proximidade do jogo com a Holanda, e fervem com a triste perspectiva de PSL poder vir a ser Primeiro Ministro.
Só vejo um remédio para passar o dia.
(fotografia de Urso Polar)
Por terras de Guerra, George W. Bush promoveu uma passagem de testemunho à sorrelfa para um Governo fantoche e amedrontado. "Tomem lá o poder (?) mas nós aumentamos os efectivos do exército ocupante que ficará aqui a controlar o país". Pelo meio insistiu em dizer que, antes da invasão o Iraque era ocupado por um ditador perigoso que tinha armas de destruição massiva. Sera que aquele indíviduo que aparenta ter neurónios a menos não sabe que não foram encontradas tais armas? Ou refere-se à granada de artilharia antiga, velhíssima, que encontraram? É que, a ser assim, qualquer dia acusam a França de ter armas de destruição em massa quando encontrarem um obus não detonado de gás mostarda na Terra de Ninguém, que ali esteja desde a 1ª Grande Guerra.
28.6.04
PSL PM, NÃO!
Por favor, Pedro Santana Lopes, durante dois anos, como nosso Primeiro-Ministro... NÃO!
O homem não tem sentido de Estado. Se apanha o governo, vai começar a plantar casinos e túneis?
São tristes os tempos em que vivemos. Apregoamos vitória por na Europa desavinda, Durão Barroso ser o menos mau dos candidatos, aquele que, por ser neutro, insípido, provoca menos reacções adversas. Nem me parece um elogio, nem sequer uma forma de actuação razoável das instituições Europeias. Mais uma vez se mostra que na UE o que conta é negociar, negociar, ceder e ganhar... havendo sempre quem fique muito melhor que os outros.
Faz-me lembrar os tempos em que, quando era miúdo, jogava Monopólio. Quando chegava a altura de fazer negócios de troca de propriedades, havia sempre alguém que ficava entalado.
Ultimamente, parece-me que apenas há interesse pelo Euro 2004, sendo indiferente o rumo dado à sociedade, ao mundo em que vivemos.
Valha-nos S.Pedro, o Sol, o mar e a areia. A caipirinha e a cerveja, a sangria e o vinho. Os mariscos e os petiscos. Os amigos e o seu conforto.
Boa Semana para todos.
O homem não tem sentido de Estado. Se apanha o governo, vai começar a plantar casinos e túneis?
São tristes os tempos em que vivemos. Apregoamos vitória por na Europa desavinda, Durão Barroso ser o menos mau dos candidatos, aquele que, por ser neutro, insípido, provoca menos reacções adversas. Nem me parece um elogio, nem sequer uma forma de actuação razoável das instituições Europeias. Mais uma vez se mostra que na UE o que conta é negociar, negociar, ceder e ganhar... havendo sempre quem fique muito melhor que os outros.
Faz-me lembrar os tempos em que, quando era miúdo, jogava Monopólio. Quando chegava a altura de fazer negócios de troca de propriedades, havia sempre alguém que ficava entalado.
Ultimamente, parece-me que apenas há interesse pelo Euro 2004, sendo indiferente o rumo dado à sociedade, ao mundo em que vivemos.
Valha-nos S.Pedro, o Sol, o mar e a areia. A caipirinha e a cerveja, a sangria e o vinho. Os mariscos e os petiscos. Os amigos e o seu conforto.
Boa Semana para todos.
Viva o ócio
O Urso Polar fartou-se de trabalhar no fim-de-semana.
A começar na praia, e num belo banho de mar,
(fotografia de Urso Polar)
passando por
(fotografia de Urso Polar)
É tão bom esquecer tudo, estar com os amigos, apanhar sol e mar, conversar, comer bem e beber uns copos. Era capaz de viver assim. Sem ter que madrugar na 2ª-feira, sem ter que trabalhar um dia atrás do outro.
Ainda bem que as férias se aproximam velozmente.
A começar na praia, e num belo banho de mar,
(fotografia de Urso Polar)
passando por
(fotografia de Urso Polar)
É tão bom esquecer tudo, estar com os amigos, apanhar sol e mar, conversar, comer bem e beber uns copos. Era capaz de viver assim. Sem ter que madrugar na 2ª-feira, sem ter que trabalhar um dia atrás do outro.
Ainda bem que as férias se aproximam velozmente.
25.6.04
Bom Fim-de-Semana
Mais uma semana que se esgota.
Poderão encontrar o Urso Polar por aqui
onde espera recarregar baterias ao Sol, na companhia de amigos.
Bom Fim-de-Semana!!!
Poderão encontrar o Urso Polar por aqui
onde espera recarregar baterias ao Sol, na companhia de amigos.
Bom Fim-de-Semana!!!
Sem luvas
Ricardo tirou as luvas.
Defendeu um penalti.
A seguir acreditou, e marcou ele mesmo a última grande penalidade.
A malta sofre, mesmo quando quer encarar a coisa com indiferença. O futebol tem destas coisas. É um jogo fantástico, incerto, emocionante. E quando os jogadores jogam, esforçam-se, e não há o folclore dos dirigentes (como acontece com os clubes)torna-se um espectáculo vibrante.
E que dizer daquele Estádio da Luz, cheio, com ingleses e portugueses misturados nas bancadas, que nunca se calaram e vibraram até ao último segundo? E, depois, saíram lado a lado, uns exultantes, outros desiludidos, mas sem problemas. Não foi preciso escoltar claques, fazer avançar a cavalaria ou os canhões de água. Realmente, distúrbios com os ingleses, ao que parece, só mesmo com umas dezenas de imbecis que foram para Albufeira e, aparentemente, para ver os jogos pela televisão enquanto se enfrascavam.
Parabéns.
Mas para a próxima não me façam sofrer tanto, pois o coração tem limites.
P.S. - Este é o 100º 'post' deste blog. Quando comecei, nunca pensei levar tão a sério esta coisa de 'blogar'. Nunca pensei ter quase mil visitas registadas.
Obrigado.
Defendeu um penalti.
A seguir acreditou, e marcou ele mesmo a última grande penalidade.
A malta sofre, mesmo quando quer encarar a coisa com indiferença. O futebol tem destas coisas. É um jogo fantástico, incerto, emocionante. E quando os jogadores jogam, esforçam-se, e não há o folclore dos dirigentes (como acontece com os clubes)torna-se um espectáculo vibrante.
E que dizer daquele Estádio da Luz, cheio, com ingleses e portugueses misturados nas bancadas, que nunca se calaram e vibraram até ao último segundo? E, depois, saíram lado a lado, uns exultantes, outros desiludidos, mas sem problemas. Não foi preciso escoltar claques, fazer avançar a cavalaria ou os canhões de água. Realmente, distúrbios com os ingleses, ao que parece, só mesmo com umas dezenas de imbecis que foram para Albufeira e, aparentemente, para ver os jogos pela televisão enquanto se enfrascavam.
Parabéns.
Mas para a próxima não me façam sofrer tanto, pois o coração tem limites.
P.S. - Este é o 100º 'post' deste blog. Quando comecei, nunca pensei levar tão a sério esta coisa de 'blogar'. Nunca pensei ter quase mil visitas registadas.
Obrigado.
24.6.04
Hotmail aumenta para 250 megabytes o limite de correio grátis
Seguindo os passos do Google e do Yahoo! como já aqui há dias tinha referido noutro 'post', a Microsoft passa a fornecer um serviço de correio com valores decentes. Aborreciam-me as limitações do Hotmail. Depois do Yahoo!, só falta o Clix para que os meus "correios" fiquem modernizados.
PAIXÃO
"Deixei-me encurralar aqui. Não posso regressar a nenhum lado, a tempo algum. Nadja desapareceu de um dia para o outro. Todas acabam por desaparecer. Mais vale ser assim. Uma mulher a fugir é mais bela do que uma mulher parada. Nem a morte quis vir ter comigo, quanto mais o amor"
O autor é Pedro Paixão (Quase gosto da vida que tenho, Quetzal Editores, 2004, p. 131).
Por vezes somos levados a questionar: onde termina a realidade e começa a ficção? Quanto do que está nestes contos aconteceu ou acontece? Quanto foi idealizado pelo escritor?
A permanente dúvida do narrador, que se questiona, que questiona a vida, a morte, o amor, a mãe... Pedro Paixão encanta-nos com uma escrita poética, desprovida do desnecessário, concentrada no essencial. Contos curtos. Reflexões que nos fazem reflectir.
A leitura das 173 páginas é rápida.
Já não lia Pedro Paixão havia uns anos, depois de ter consumido grande parte dos seus primeiros títulos. A dada altura pensei que estava a repetir-se, a ser pouco criativo, e deixei de o ler. O reencontro, nesta obra, foi gratificante e é com enorme prazer que recomendo a sua leitura.
O autor é Pedro Paixão (Quase gosto da vida que tenho, Quetzal Editores, 2004, p. 131).
Por vezes somos levados a questionar: onde termina a realidade e começa a ficção? Quanto do que está nestes contos aconteceu ou acontece? Quanto foi idealizado pelo escritor?
A permanente dúvida do narrador, que se questiona, que questiona a vida, a morte, o amor, a mãe... Pedro Paixão encanta-nos com uma escrita poética, desprovida do desnecessário, concentrada no essencial. Contos curtos. Reflexões que nos fazem reflectir.
A leitura das 173 páginas é rápida.
Já não lia Pedro Paixão havia uns anos, depois de ter consumido grande parte dos seus primeiros títulos. A dada altura pensei que estava a repetir-se, a ser pouco criativo, e deixei de o ler. O reencontro, nesta obra, foi gratificante e é com enorme prazer que recomendo a sua leitura.
22.6.04
Filas (ou bichas)
Logo pela manhã, notícia de duas novas filas a juntar às habituais do trânsito: à porta da FPF e à porta da IKEA.
O que há com o português que não resiste a uma fila? A FPF anunciou que tem 500 bilhetes para a meia-final com a Inglaterra. De imediato se juntaram centenas de pessoas à porta da FPF na ânsia de comprar um desses bilhetes, apenas amanhã. Nem que para tanto tenham que passar horas, dias, sujeitas aos elementos, em condições degradantes. Contudo, se lhes exigissem tal esforço para trabalhar...
A IKEA abre hoje a sua loja em Portugal. Oferecia € 100,00 a quem passasse a noite à porta da loja, em 100 camas que montou no local. Por vinte contitos, há quem se sujeite a uma noite ao relento. Bom, aqui ainda pode ter alguma piada, e para muita gente vinte contos é uma semana de trabalho. De trabalho mesmo, oito horas por dia, com o suor no rosto. Agora digam-me... e aqueles que não arranjaram lugar nas camas montadas estão lá a fazer o quê? Os que hoje de manhã apareceram para a fila de entrada, para ser dos primeiros...
A loja não vai ficar cá, em Portugal, por anos e anos? Acham que as promoções só ocorrerão hoje, e pela manhãzinha?
O LIDL costuma deixar na caixa do correio publicidade com anúncio de coisas a preços irrisórios, apesar de marcas desconhecidas. No dia do início de cada promoção, antes das portas abrirem... lá está a fila.
Uma vez fui fazer as compras do mês ao Jumbo, num dia de fim-de-semana. Evito-o, mas às vezes tem que ser. Nesse dia havia uma promoção na qual um animador anunciava no sistema de som que determinado produto estava à venda em determinado local por um determinado preço (muito baixo), mas em pequena quantidade. As pessoas corriam pelos corredores, atropelavam-se, deixavam as crianças sózinhas para depois voltarem à sua procura...
Eu adoro pechinchas. E custa-me resistir-lhes. MAs esta fúria consumista, esta predisposição para a espera, esta triste figura é algo que me ultrapassa e não consigo compreender. Se calhar, amanhã, no supermercado, uma das pessoas que hoje dormiu à porta da FPF ou da IKEA começará a invectivar a senhora da caixa por estar a demorar muito a despachar a fila.
O que há com o português que não resiste a uma fila? A FPF anunciou que tem 500 bilhetes para a meia-final com a Inglaterra. De imediato se juntaram centenas de pessoas à porta da FPF na ânsia de comprar um desses bilhetes, apenas amanhã. Nem que para tanto tenham que passar horas, dias, sujeitas aos elementos, em condições degradantes. Contudo, se lhes exigissem tal esforço para trabalhar...
A IKEA abre hoje a sua loja em Portugal. Oferecia € 100,00 a quem passasse a noite à porta da loja, em 100 camas que montou no local. Por vinte contitos, há quem se sujeite a uma noite ao relento. Bom, aqui ainda pode ter alguma piada, e para muita gente vinte contos é uma semana de trabalho. De trabalho mesmo, oito horas por dia, com o suor no rosto. Agora digam-me... e aqueles que não arranjaram lugar nas camas montadas estão lá a fazer o quê? Os que hoje de manhã apareceram para a fila de entrada, para ser dos primeiros...
A loja não vai ficar cá, em Portugal, por anos e anos? Acham que as promoções só ocorrerão hoje, e pela manhãzinha?
O LIDL costuma deixar na caixa do correio publicidade com anúncio de coisas a preços irrisórios, apesar de marcas desconhecidas. No dia do início de cada promoção, antes das portas abrirem... lá está a fila.
Uma vez fui fazer as compras do mês ao Jumbo, num dia de fim-de-semana. Evito-o, mas às vezes tem que ser. Nesse dia havia uma promoção na qual um animador anunciava no sistema de som que determinado produto estava à venda em determinado local por um determinado preço (muito baixo), mas em pequena quantidade. As pessoas corriam pelos corredores, atropelavam-se, deixavam as crianças sózinhas para depois voltarem à sua procura...
Eu adoro pechinchas. E custa-me resistir-lhes. MAs esta fúria consumista, esta predisposição para a espera, esta triste figura é algo que me ultrapassa e não consigo compreender. Se calhar, amanhã, no supermercado, uma das pessoas que hoje dormiu à porta da FPF ou da IKEA começará a invectivar a senhora da caixa por estar a demorar muito a despachar a fila.
21.6.04
Anestesia esférica
A equipa portuguesa de futebol, vulgo Selecção Nacional (como se noutras modalidades não existissem outras selecções nacionais) logrou realizar o feito de bater a sua congénere espanhola, juntando o útil (a sua eliminação do Euro) ao agradável (a vitória). O povão saltou para a rua, gastou as buzinas dos automóveis (sim, Noite, eu também escrevo "buzinas")esqueceu-se de dormir e festejou como se não houvesse amanhã e tudo o que há para ganhar já cá cantasse.
A bola anestesia as gentes. Ninguém recorda as eleições europeias ou o seu resultado. Ou sequer nota na aprovação sui generis da Constituição Europeia.Ou da quase impossibilidade de consenso para nomear o próximo Presidente da Comissão Europeia. Ou porque bastou o mercúrio no termómetro passar dos 30º para aparecerem incêndios pelo país.
Hoje a futebolite impera. As bestas de sábado passado são hoje bestiais. Amanhã o futuro o dirá. Nós, por cá, vamos vibrando com a bola. Mas mantendo os pés no chão e a atenção em alta pois nem só de relva e golos vive um Urso.
A bola anestesia as gentes. Ninguém recorda as eleições europeias ou o seu resultado. Ou sequer nota na aprovação sui generis da Constituição Europeia.Ou da quase impossibilidade de consenso para nomear o próximo Presidente da Comissão Europeia. Ou porque bastou o mercúrio no termómetro passar dos 30º para aparecerem incêndios pelo país.
Hoje a futebolite impera. As bestas de sábado passado são hoje bestiais. Amanhã o futuro o dirá. Nós, por cá, vamos vibrando com a bola. Mas mantendo os pés no chão e a atenção em alta pois nem só de relva e golos vive um Urso.
17.6.04
ANJOS
Passa na RTP 2 (ou a :2, como agora se lembraram de nomear)às segundas-feiras pelas 23h00m. Lamentavelmente, a série "Anjos na América" só tem 6 episódios e já foram exibidos 3. Ainda assim, merece um olhar atento.
Tem um elenco recomendável (Al Pacino, Merryl Streep, Emma Thomson, entre outros conhecidos de vista e desconhecidos que se portam à altura). Tem uma realização e efeitos especiais capazes de impressionar. E tem uma história...
Situem-se em 1985. Lembram-se dos anos 80? Reagan é Presidente dos EUA, a Guerra Fria ainda existe, as mentalidades ainda vivem tabus que hoje parecem menos óbvios. A SIDA espalha-se, mas é a doença dos homosexuais e evita-se falar dela. É sinal de fraqueza e discriminação. Os jogos de poder vivem-se intensamente. A vida cosmopolita conflitua cada vez mais com as raízes do interior. Judeus, negros, homosexuais, começam a assumir a luta pela diferença sem segregação, e a ter algum sucesso.
E há anjos.
Espreitem, que vale a pena. Pena é que tenham que esperar por uma reposição ou pelo DVD (sim, mais tarde ou mais cedo será lançado), para apanharem os três primeiros episódios.
Tem um elenco recomendável (Al Pacino, Merryl Streep, Emma Thomson, entre outros conhecidos de vista e desconhecidos que se portam à altura). Tem uma realização e efeitos especiais capazes de impressionar. E tem uma história...
Situem-se em 1985. Lembram-se dos anos 80? Reagan é Presidente dos EUA, a Guerra Fria ainda existe, as mentalidades ainda vivem tabus que hoje parecem menos óbvios. A SIDA espalha-se, mas é a doença dos homosexuais e evita-se falar dela. É sinal de fraqueza e discriminação. Os jogos de poder vivem-se intensamente. A vida cosmopolita conflitua cada vez mais com as raízes do interior. Judeus, negros, homosexuais, começam a assumir a luta pela diferença sem segregação, e a ter algum sucesso.
E há anjos.
Espreitem, que vale a pena. Pena é que tenham que esperar por uma reposição ou pelo DVD (sim, mais tarde ou mais cedo será lançado), para apanharem os três primeiros episódios.
15.6.04
Caixa do Correio
Há coisa de um mês o Google entrou para o mercado dos servidores de correio oferecendo, gratuitamente, uma caixa de correio com espaço de armazenagem de 100 Mb, e mensagens muito grandes, não sei precisar de quanto, mas algures a rondar os 10 Mb.Quem é utilizador do Blogger certamente se apercebeu da publicidade e dos convites a subscrever tal conta de correio.
O Yahoo! respondeu hoje. A minha conta do Yahoo! (sim, tenho uma) sofreu um upgrade. 100 Mb de armazenagem; capacidade para enviar e receber mensagens até 10 Mb.
Um destes dias, vou tentar responder à pergunta que se coloca, sempre que alguém oferece algo: quem é que paga isto?
O Yahoo! respondeu hoje. A minha conta do Yahoo! (sim, tenho uma) sofreu um upgrade. 100 Mb de armazenagem; capacidade para enviar e receber mensagens até 10 Mb.
Um destes dias, vou tentar responder à pergunta que se coloca, sempre que alguém oferece algo: quem é que paga isto?
14.6.04
Prognósticos, só depois do jogo
Passou o fim-de-semana, e afinal estava errado nalgumas coisas. A começar pelo sol que queria ter apanhado. Santa Cruz tem destas coisas: quando esperamos pelo sol, ele só aparece na hora da partida. Sábado foi assim
Mas confirmou-se. O país parou para ver a selecção. Perderam? Pois foi. Mas, quem é que andou para aí aos quatro ventos a dizer que éramos muito bons? Agora, aguentem-se. Quando a selecção for humilde, conseguirá alguns feitos.
Há quatro anos, porque estava sózinho e um pouco doente, vi todos os jogos do Europeu. Porque todos, mas mesmo todos, foram bem disputados, com velocidade, criatividade, golos... Este ano as coisas prometem. Tirando o França-Inglaterra os jogos foram fraquinhos em termos de qualidade.
Mas se o país parou para ver a bola, já não parou para ver o resultado das eleições. PAra além de 3/5 dos portugueses se estar a borrifar para a escolha da classe dirigente que tem poderes para nos entalar, a noite de escrutínio reduz-se, agora, a duas horitas de televisão. Longe vão os tempos em que se esperava pela madrugada para saber os resultados. Agora, nem dá para aquecer.
Os resultados foram os esperados. Claro que, para a coligação governamental, estes resultados não afectam a legitimidade do governo. Para o PS, afectam. Para a esquerda, estamos em condições para derrubar o governo.
Agora, não posso deixar de exprimir uma dúvida grave: volta e meia vêm para aí as teorias que defendem que a única forma de legitimar os juízes é submetê-los a eleição. Para quê? Para que uma minoria os escolha, directa ou indirectamente, e sob pressão de que interesses? Prefiro que sejam escolhidos ao longo de um processo de formação, com admissão e formação sujeita a avaliação (a qual poderá, isso sim, ser melhorada).
Mas confirmou-se. O país parou para ver a selecção. Perderam? Pois foi. Mas, quem é que andou para aí aos quatro ventos a dizer que éramos muito bons? Agora, aguentem-se. Quando a selecção for humilde, conseguirá alguns feitos.
Há quatro anos, porque estava sózinho e um pouco doente, vi todos os jogos do Europeu. Porque todos, mas mesmo todos, foram bem disputados, com velocidade, criatividade, golos... Este ano as coisas prometem. Tirando o França-Inglaterra os jogos foram fraquinhos em termos de qualidade.
Mas se o país parou para ver a bola, já não parou para ver o resultado das eleições. PAra além de 3/5 dos portugueses se estar a borrifar para a escolha da classe dirigente que tem poderes para nos entalar, a noite de escrutínio reduz-se, agora, a duas horitas de televisão. Longe vão os tempos em que se esperava pela madrugada para saber os resultados. Agora, nem dá para aquecer.
Os resultados foram os esperados. Claro que, para a coligação governamental, estes resultados não afectam a legitimidade do governo. Para o PS, afectam. Para a esquerda, estamos em condições para derrubar o governo.
Agora, não posso deixar de exprimir uma dúvida grave: volta e meia vêm para aí as teorias que defendem que a única forma de legitimar os juízes é submetê-los a eleição. Para quê? Para que uma minoria os escolha, directa ou indirectamente, e sob pressão de que interesses? Prefiro que sejam escolhidos ao longo de um processo de formação, com admissão e formação sujeita a avaliação (a qual poderá, isso sim, ser melhorada).
11.6.04
Quanto a mim
Pois eu, neste fim-de-semana, vou
Mas vou votar. E ver a bola. E beber umas cervejinhas.
Mas vou votar. E ver a bola. E beber umas cervejinhas.
Futurologia
Vem aí um fim-de-semana de arromba.
Lá fora o sol aquece e convida a enterrar os pés na areia, o corpo na água, a procurar a tez morena que associamos a bem-estar.
A Galp e a Shell baixam os preços do combustível, convidando a enfiar a máquina na estrada e rumar a Sul, à procura do paraíso algarvio, nestas alturas próximo do Inferno.
Amanhã, pelas 17h 00m, certamente uma larga maioria dos portugueses colar-se-á aos televisores para, após 90 minutos de ansiedade e alegrias ou tristezas, ter tema de conversa para os próximos dias. Findo o Portugal - Grécia, a euforia ou a frustração animarão essa assistência. Certamente a cerveja rolará em abundância para prazer da indústria cervejeira. Seguramente muitos se esquecerão que "Se conduzir, não beba. Se beber, não conduza" e, depois de uma noite nos calabouços, serão presentes a julgamento sumário no Domingo.
Pelo meio comer-se-ão umas sardinhas a preço de oiro, beber-se-á mais um copo e a TVI transmitirá as inenarráveis e horripilantes marchas populares com Santana Lopes pelo meio, a sorrir cinicamente como costume.
No domingo muito se falará dos ingleses, da sua chegada, do Inglaterra - França. Será tempo de rescaldo do jogo de Portugal. Começará a antevisão do jogo com a Rússia, escalpelizando-se forças e fraquezas desta selecção que entretanto joga com a Espanha.
Residualmente ouviremos falar nas Eleições Europeias. Entre o futebol, a praia, o calor e o trânsito, alguns, poucos, irão depositar a cruz no boletim. Os que faltarem, passarão o tempo a queixar-se do que está mal, sem sequer contribuirem para a escolha de quem poderá fazer melhor. A esmagadora maioria não saberá para que estará a votar. Sabem que é para a Europa, mas desconhecem quem elegem, que orgão ocuparão, que competências têm... A Europa, da qual fazemos parte, "está longe", dizem.
Depois queixam-se do preço do peixe que não foi pescado ou vem de Espanha, da fruta que não tem sabor, porque vem de Espanha e é toda igual, das lojas que vêm de Espanha, das estradas, dos combóios, dos aviões, que vêm de Espanha.
Para os que votam, tudo se resume a escolher o partido, por fidelidade, porque já nem pensam na escolha. Ou então porque avaliam a performance desse partido naquilo que tem sido o dia-a-dia interno desde há meses. Sem se aperceberem que os resultados da europeias não mexem, directamente, com o governo do país.
Segunda-feira voltarão ao trabalho. Quase todos, pois alguns irão perder a vida em estúpidos acidentes de viação, porque regressaram tarde a más horas, com pressa, em excesso de velocidade, impacientes, com um copo a mais. Morrerão e matarão e na segunda-feira a sua secretária, a sua cadeira, o seu veículo ou máquina estarão vazios, contribuindo desta forma na luta contra o desemprego se o patrão decidir contratar alguém para o seu lugar. Se o patrão for o Estado Português ficará vago o lugar, pois a Manuela Ferreira Leite, que chama os conhecidos e dá-lhes um ordenado pornográfico, não deixa admitir mais gente para a ineficiente máquina da administração pública. Também, diga-se, se a máquina administrativa já não trabalhava quando tinha toda a gente, pouco importa se não trabalha agora porque tem pouca gente.
Mas, dizia eu, segunda-feira a produtividade cairá, pois as conversas multiplicar-se-ão sobre o jogo de Portugal, sobre o sol apnhado, "que cor tão gira tens tu", "ui, que escaldão", e, residualmente, sobre os resultados da Europeias, em que todos os sociólogos, politólogos e opinadores de vocação que somos, procurarão retirar ilações da morte de Sousa Franco.
Daqui a uma semana, ninguém se recordará das eleições.
Portugal terá jogado a primeira fase e isso dominará a conversa e atenção públicas.
Os políticos, com as autárquicas no caminho, continuarão a preocupar-se com as longínquas presidenciais.
Cada vez menos se preocupam as gentes com o presente útil. Porque, do presente, só ligam ao efémero e vazio , à festa, a intriga, ou ao escândalo. Do futuro preocupam-se com o longínquo e, ainda, irrelevante.
Venham as sardinhas para o Santo António. Venham os golos para Portugal.Venha o Sol.
Lá fora o sol aquece e convida a enterrar os pés na areia, o corpo na água, a procurar a tez morena que associamos a bem-estar.
A Galp e a Shell baixam os preços do combustível, convidando a enfiar a máquina na estrada e rumar a Sul, à procura do paraíso algarvio, nestas alturas próximo do Inferno.
Amanhã, pelas 17h 00m, certamente uma larga maioria dos portugueses colar-se-á aos televisores para, após 90 minutos de ansiedade e alegrias ou tristezas, ter tema de conversa para os próximos dias. Findo o Portugal - Grécia, a euforia ou a frustração animarão essa assistência. Certamente a cerveja rolará em abundância para prazer da indústria cervejeira. Seguramente muitos se esquecerão que "Se conduzir, não beba. Se beber, não conduza" e, depois de uma noite nos calabouços, serão presentes a julgamento sumário no Domingo.
Pelo meio comer-se-ão umas sardinhas a preço de oiro, beber-se-á mais um copo e a TVI transmitirá as inenarráveis e horripilantes marchas populares com Santana Lopes pelo meio, a sorrir cinicamente como costume.
No domingo muito se falará dos ingleses, da sua chegada, do Inglaterra - França. Será tempo de rescaldo do jogo de Portugal. Começará a antevisão do jogo com a Rússia, escalpelizando-se forças e fraquezas desta selecção que entretanto joga com a Espanha.
Residualmente ouviremos falar nas Eleições Europeias. Entre o futebol, a praia, o calor e o trânsito, alguns, poucos, irão depositar a cruz no boletim. Os que faltarem, passarão o tempo a queixar-se do que está mal, sem sequer contribuirem para a escolha de quem poderá fazer melhor. A esmagadora maioria não saberá para que estará a votar. Sabem que é para a Europa, mas desconhecem quem elegem, que orgão ocuparão, que competências têm... A Europa, da qual fazemos parte, "está longe", dizem.
Depois queixam-se do preço do peixe que não foi pescado ou vem de Espanha, da fruta que não tem sabor, porque vem de Espanha e é toda igual, das lojas que vêm de Espanha, das estradas, dos combóios, dos aviões, que vêm de Espanha.
Para os que votam, tudo se resume a escolher o partido, por fidelidade, porque já nem pensam na escolha. Ou então porque avaliam a performance desse partido naquilo que tem sido o dia-a-dia interno desde há meses. Sem se aperceberem que os resultados da europeias não mexem, directamente, com o governo do país.
Segunda-feira voltarão ao trabalho. Quase todos, pois alguns irão perder a vida em estúpidos acidentes de viação, porque regressaram tarde a más horas, com pressa, em excesso de velocidade, impacientes, com um copo a mais. Morrerão e matarão e na segunda-feira a sua secretária, a sua cadeira, o seu veículo ou máquina estarão vazios, contribuindo desta forma na luta contra o desemprego se o patrão decidir contratar alguém para o seu lugar. Se o patrão for o Estado Português ficará vago o lugar, pois a Manuela Ferreira Leite, que chama os conhecidos e dá-lhes um ordenado pornográfico, não deixa admitir mais gente para a ineficiente máquina da administração pública. Também, diga-se, se a máquina administrativa já não trabalhava quando tinha toda a gente, pouco importa se não trabalha agora porque tem pouca gente.
Mas, dizia eu, segunda-feira a produtividade cairá, pois as conversas multiplicar-se-ão sobre o jogo de Portugal, sobre o sol apnhado, "que cor tão gira tens tu", "ui, que escaldão", e, residualmente, sobre os resultados da Europeias, em que todos os sociólogos, politólogos e opinadores de vocação que somos, procurarão retirar ilações da morte de Sousa Franco.
Daqui a uma semana, ninguém se recordará das eleições.
Portugal terá jogado a primeira fase e isso dominará a conversa e atenção públicas.
Os políticos, com as autárquicas no caminho, continuarão a preocupar-se com as longínquas presidenciais.
Cada vez menos se preocupam as gentes com o presente útil. Porque, do presente, só ligam ao efémero e vazio , à festa, a intriga, ou ao escândalo. Do futuro preocupam-se com o longínquo e, ainda, irrelevante.
Venham as sardinhas para o Santo António. Venham os golos para Portugal.Venha o Sol.
9.6.04
Um mito que se criou
Não me chocou ou surpreendeu a morte de Sousa Franco. Não era novo e a vida que levava nas últimas semanas não era saudável. Não é saudável a política, pelo menos a portuguesa, em que se vive em stress permanente, a atacar ou a ser atacado. Sousa Franco não era, aparentemente, um homem talhado para a guerrilha política, demolidora e inconsequente. Era mais um construtivo, um pensador de mangas arregaçadas.
Por isso, no início destas eleições recordo ter pensado que Sousa Franco seria um erro à frente da lista do PS. Não o imaginei suficientemente "político" para suportar o embate de uma campanha contra um PSD+PP que arrepiam pela falta de qualidade, brio e educação. Porém, pelos vistos, não fraquejou na parte política, mas foi vencido pelo coração.
Lembro-me de Sousa Franco como o "chato" que no Tribunal de Contas, chamava à razão os governos cavaquistas.
Lembro-o também o "chato" que no primeiro governo de Guterres controlou a despesa dos restantes ministros, preparados para embarcar nas mais demagógicas aventuras financeiras.
Agora lembrá-lo-ei como mais um mito que se criou: o homem que morre em plena campanha, à saída de um mercado.
Tenho pena que poucos homens do seu calibre existam no deserto de ideias da política portuguesa
Por isso, no início destas eleições recordo ter pensado que Sousa Franco seria um erro à frente da lista do PS. Não o imaginei suficientemente "político" para suportar o embate de uma campanha contra um PSD+PP que arrepiam pela falta de qualidade, brio e educação. Porém, pelos vistos, não fraquejou na parte política, mas foi vencido pelo coração.
Lembro-me de Sousa Franco como o "chato" que no Tribunal de Contas, chamava à razão os governos cavaquistas.
Lembro-o também o "chato" que no primeiro governo de Guterres controlou a despesa dos restantes ministros, preparados para embarcar nas mais demagógicas aventuras financeiras.
Agora lembrá-lo-ei como mais um mito que se criou: o homem que morre em plena campanha, à saída de um mercado.
Tenho pena que poucos homens do seu calibre existam no deserto de ideias da política portuguesa
8.6.04
There´s a little black spot on the sun today
É mesmo pequenino.
Tanta gente de nariz no ar para ver aquilo. Por vezes surpreende-me a malta da astronomia que se encanta com estes fenómenos. É natural. Naquele domínio passa-se tudo tão devagar que há que aproveitar cada evento como se fosse único. Porque, num normal período de vida de uma pessoa, esta é uma oportunidade única.
Eu já vi em directo. Com os óculos especiais que guardei do eclipse de 1999. Mesmo assim estou a ver luzes, quando cerro as pálpebras.
Não quero ver mais. Depois vejo as fotografias e os filmes que passarão na TV.
Basta-me saber que, por mais asneiras que veja na Terra, no espaço, os planetas seguem, sem perturbações, o seu percurso.
Tanta gente de nariz no ar para ver aquilo. Por vezes surpreende-me a malta da astronomia que se encanta com estes fenómenos. É natural. Naquele domínio passa-se tudo tão devagar que há que aproveitar cada evento como se fosse único. Porque, num normal período de vida de uma pessoa, esta é uma oportunidade única.
Eu já vi em directo. Com os óculos especiais que guardei do eclipse de 1999. Mesmo assim estou a ver luzes, quando cerro as pálpebras.
Não quero ver mais. Depois vejo as fotografias e os filmes que passarão na TV.
Basta-me saber que, por mais asneiras que veja na Terra, no espaço, os planetas seguem, sem perturbações, o seu percurso.
4.6.04
Lembram-se?
O massacre da Praça Tiananmen, em Pequim, foi há quinze anos .
Porém, de acordo com a notícia do Público, pelo menos dos 50 manifestantes continuam presos. Caramba, ao fim deste tempo todo, sendo jovens, à data estudantes, estes indivíduos perderam os melhores anos da sua vida. Tudo porque lutaram pela Liberdade.
Na China, muito se evoluiu em 15 anos. Pelo menos essa é a imagem que transparece, com a abertura progressiva de mercados e adopção de medidas contra a pobreza e pelo desenvolvivimento económico.
Porém, não é só de economia que vive um povo. E, não obstante as diferenças culturais, o certo é que tudo tem um custo, e os chineses continuam a pagar com a liberdade, subjugados a uma repressão manifesta de um Estado sempre presente e interventor.
Tiananmen foi há 15 anos. Por favor, não esqueçam a coragem de quem entregou a vida para que outros pudessem aproveitar a sua.
Porém, de acordo com a notícia do Público, pelo menos dos 50 manifestantes continuam presos. Caramba, ao fim deste tempo todo, sendo jovens, à data estudantes, estes indivíduos perderam os melhores anos da sua vida. Tudo porque lutaram pela Liberdade.
Na China, muito se evoluiu em 15 anos. Pelo menos essa é a imagem que transparece, com a abertura progressiva de mercados e adopção de medidas contra a pobreza e pelo desenvolvivimento económico.
Porém, não é só de economia que vive um povo. E, não obstante as diferenças culturais, o certo é que tudo tem um custo, e os chineses continuam a pagar com a liberdade, subjugados a uma repressão manifesta de um Estado sempre presente e interventor.
Tiananmen foi há 15 anos. Por favor, não esqueçam a coragem de quem entregou a vida para que outros pudessem aproveitar a sua.
3.6.04
TIME
Ticking away the moments that make up a dull day
You fritter and waste the hours in an offhand way.
Kicking around on a piece of ground in your home town
Waiting for someone or something to show you the way.
Tired of lying in the sunshine staying home to watch the rain.
You are young and life is long and there is time to kill today.
And then one day you find ten years have got behind you.
No one told you when to run, you missed the starting gun.
So you run and you run to catch up with the sun but it's sinking
Racing around to come up behind you again.
The sun is the same in a relative way but you're older,
Shorter of breath and one day closer to death.
Every year is getting shorter never seem to find the time.
Plans that either come to naught or half a page of scribbled lines
Hanging on in quiet desperation is the English way
The time is gone, the song is over,
Thought I'd something more to say.
(Mason, Waters, Wright, Gilmour)
Há dias em que músicas antigas, que há muito não eram escutadas, fazem tanto, tanto sentido.
You fritter and waste the hours in an offhand way.
Kicking around on a piece of ground in your home town
Waiting for someone or something to show you the way.
Tired of lying in the sunshine staying home to watch the rain.
You are young and life is long and there is time to kill today.
And then one day you find ten years have got behind you.
No one told you when to run, you missed the starting gun.
So you run and you run to catch up with the sun but it's sinking
Racing around to come up behind you again.
The sun is the same in a relative way but you're older,
Shorter of breath and one day closer to death.
Every year is getting shorter never seem to find the time.
Plans that either come to naught or half a page of scribbled lines
Hanging on in quiet desperation is the English way
The time is gone, the song is over,
Thought I'd something more to say.
(Mason, Waters, Wright, Gilmour)
Há dias em que músicas antigas, que há muito não eram escutadas, fazem tanto, tanto sentido.
2.6.04
Falta de Ar
Acabei ontem de ler
do autor do Clube de Combate (Fight Club)que esteve na origem do excelente filme com o mesmo nome.
Asfixia tem isso mesmo: falta de ar. Promete muito, mas desfaz-se em fumo entre episódios de cruas relações sexuais, descritas com duras palavras e crua agressividade, e delírios dignos do mais forte inadaptado. Já o Clube de Combate me desgostara porque, lendo-o depois do filme, gostei mais da película, o que nem é habitual.
Desta feita, sem visualização prévia, posso apenas dizer que a leitura de "Asfixia" é um bom passatempo, mas não mais do que isso.
A espreitar, especialmente para quem se contenta com uma não-história cheia de sexo e pseudo-revelações.
*******
Por outro lado, já vou no terceiro volume de
O Decálogo é uma excelente obra de BD, que merece o investimento. A história convida a ir comprar os volumes que restam, apesar de todos eles conterem narrações completas que não continuam. Apenas o fio condutor, um livro antigo, se reprete e mantém.
Espreitem numa FNAC. Ao preço que a BD está, é uma benção poder ir lê-la de graça.
do autor do Clube de Combate (Fight Club)que esteve na origem do excelente filme com o mesmo nome.
Asfixia tem isso mesmo: falta de ar. Promete muito, mas desfaz-se em fumo entre episódios de cruas relações sexuais, descritas com duras palavras e crua agressividade, e delírios dignos do mais forte inadaptado. Já o Clube de Combate me desgostara porque, lendo-o depois do filme, gostei mais da película, o que nem é habitual.
Desta feita, sem visualização prévia, posso apenas dizer que a leitura de "Asfixia" é um bom passatempo, mas não mais do que isso.
A espreitar, especialmente para quem se contenta com uma não-história cheia de sexo e pseudo-revelações.
*******
Por outro lado, já vou no terceiro volume de
O Decálogo é uma excelente obra de BD, que merece o investimento. A história convida a ir comprar os volumes que restam, apesar de todos eles conterem narrações completas que não continuam. Apenas o fio condutor, um livro antigo, se reprete e mantém.
Espreitem numa FNAC. Ao preço que a BD está, é uma benção poder ir lê-la de graça.
LIVROS NA FEIRA
Todos os anos vou lá. Uma vez apenas, pois não tenho tempo para mais. E, nesse dia, corro os pavilhões todos à procura das novidades.
Este ano, mais do que nos outros, senti, naqueles velhos pavilhões metálicos plantados no Parque Eduardo VII, que o modelo da feira está estafado, esgotado.
Pavilhão atrás de pavilhão vêem-se os mesmos livros de todos os anos, alguns com ar de ter passado por tudo o que é feira de pechinchas, tal o seu estado. Os livros estão no mesmo local de sempre, com a mesma apresentação de sempre e só de olhar para alguns pavilhões a metros de distância consigo perceber que nem vale a pena aproximar-me.
Com isto perde-se a exposição das novidades. com isto afastam-se os potenciais compradores que se restam naquilo que vão à procura.
Ainda assim, gastei uma pequena fortuna para aproveitar descontos fantásticos: os cinco volumes do "Em busca do tempo perdido" com um desconto de cerca de € 40,00; dois volumes de Sebastião Salgado com as suas maravilhosas fotografias a 50% do seu valor; os volumes II e III do Decálogo; e umas pechinchas pequenas de autores mais e menos conhecidos.
O que é certo é que, desde o aparecimento das FNAC o mercado do livro mudou. Sempre os livros estiveram disponíveis nas livrarias para que lhes mexessemos, mas era preciso, primeiro que tudo, encontrá-los. E não podíamos sentar-nos. Era ali, em pé, junto à estante, que tínhamos de ponderar a compra, ou não, de um livro.
Na FNAC podemos sentar-nos e ler um livro completo que ninguém nos obriga a comprá-lo. Faço muito isso, em particular com a BD. E o que acontece é que, depois, muitas vezes, compro o dito livro.
A fórmula de sucesso estendeu-se às outras livrarias, e o passo foi gigantesco e está generalizado.
Precisa a Feira do Livro de uma evolução assim.
P.S. - 1997 foi o ano em que mais livcros comprei na Feira. Por causa das obras no metro a Feira foi feita no Terreiro do Paço e Rua Augusta. Por razões laborais ali passava todos os dias, em direcção ao Cais do Sodré. Por isso, diariamente, verificava quais eram os livros do dia. E aproveitava o desconto de todos os que queria. Pena é que não voltem a pôr a Feira num local de passagem.
MAs, por favor, não a fechem na FIL, como todos os anos alvitram.
Este ano, mais do que nos outros, senti, naqueles velhos pavilhões metálicos plantados no Parque Eduardo VII, que o modelo da feira está estafado, esgotado.
Pavilhão atrás de pavilhão vêem-se os mesmos livros de todos os anos, alguns com ar de ter passado por tudo o que é feira de pechinchas, tal o seu estado. Os livros estão no mesmo local de sempre, com a mesma apresentação de sempre e só de olhar para alguns pavilhões a metros de distância consigo perceber que nem vale a pena aproximar-me.
Com isto perde-se a exposição das novidades. com isto afastam-se os potenciais compradores que se restam naquilo que vão à procura.
Ainda assim, gastei uma pequena fortuna para aproveitar descontos fantásticos: os cinco volumes do "Em busca do tempo perdido" com um desconto de cerca de € 40,00; dois volumes de Sebastião Salgado com as suas maravilhosas fotografias a 50% do seu valor; os volumes II e III do Decálogo; e umas pechinchas pequenas de autores mais e menos conhecidos.
O que é certo é que, desde o aparecimento das FNAC o mercado do livro mudou. Sempre os livros estiveram disponíveis nas livrarias para que lhes mexessemos, mas era preciso, primeiro que tudo, encontrá-los. E não podíamos sentar-nos. Era ali, em pé, junto à estante, que tínhamos de ponderar a compra, ou não, de um livro.
Na FNAC podemos sentar-nos e ler um livro completo que ninguém nos obriga a comprá-lo. Faço muito isso, em particular com a BD. E o que acontece é que, depois, muitas vezes, compro o dito livro.
A fórmula de sucesso estendeu-se às outras livrarias, e o passo foi gigantesco e está generalizado.
Precisa a Feira do Livro de uma evolução assim.
P.S. - 1997 foi o ano em que mais livcros comprei na Feira. Por causa das obras no metro a Feira foi feita no Terreiro do Paço e Rua Augusta. Por razões laborais ali passava todos os dias, em direcção ao Cais do Sodré. Por isso, diariamente, verificava quais eram os livros do dia. E aproveitava o desconto de todos os que queria. Pena é que não voltem a pôr a Feira num local de passagem.
MAs, por favor, não a fechem na FIL, como todos os anos alvitram.
1.6.04
Prioridades
Reforçando aquilo que ontem escrevi sobre o papel do Estado Português, na sua vertente executiva representada pelo Governo e o seu longo braço que é a administração pública, não posso deixar de referir o "infomail" que ontem depositaram na caixa do correio.
Assinada por José Luis Arnaut, Ministro Adjunto do Primeiro-Ministro (com a tutela do Euro 2004) - sic - recebi uma missiva apelando ao meu empenho para agarrar de uma forma determinada esta grande oportunidade.
Esta carta sobre o Euro 2004, certamente distribuída por todos os lares portugueses (pois não era personalizada, garanto)terá custado uma pequena fortuna. MAs vale a pena poistransmite-me coisas entusiasmantes. Como "é natural que um evento desta envergadura possa, eventualmente, provocar algumas perturbações no seu quotidiano e na vida da sua cidade (...) mas devemos encarar essas eventuais perturbações como consequência própria de uma festa muito especial" "Importa (...)demonstrar, a quem nos visita, a nossa intrínseca e cordial hospitalidade (...) Portugal está pronto e conta consigo"
Não só vejo com tristeza o empenho no Euro e o abandono do país, das necessidades dos Portugueses naquilo que lhes garante qualidade de vida pela sua essencialidade (a paz, o pão, habitação, saúde, educação...)como me vem à memória uma exposição que um dia vi.
Foi no Teatro Experimental de Cascais, e era composta por testemunhos dos anos 40, época da peça que fui ver. Entre eles estava uma campanha, com cartazes e tudo, que recomendava aos Portugueses, e em particular aos da costa do Estoril, para ferozmente combaterem os insectos, melgas e mosquitos, ... porque estes incomodavam os turistas e davam má imagem de Portugal!
Sinto-me cada vez mais terceiro mundista, mas em bicos dos pés para parecer importante, evoluído... num país pindérico.
Mas como nem tudo pode ser mau, prometo que assim que puder irei escrever sobre algo positivo: a Feira do Livro. Por mais estagnada no tempo que esteja, é sempre um prazer lá deixar dinheiro. Fui no Sábado e... fica para o próximo post.
Assinada por José Luis Arnaut, Ministro Adjunto do Primeiro-Ministro (com a tutela do Euro 2004) - sic - recebi uma missiva apelando ao meu empenho para agarrar de uma forma determinada esta grande oportunidade.
Esta carta sobre o Euro 2004, certamente distribuída por todos os lares portugueses (pois não era personalizada, garanto)terá custado uma pequena fortuna. MAs vale a pena poistransmite-me coisas entusiasmantes. Como "é natural que um evento desta envergadura possa, eventualmente, provocar algumas perturbações no seu quotidiano e na vida da sua cidade (...) mas devemos encarar essas eventuais perturbações como consequência própria de uma festa muito especial" "Importa (...)demonstrar, a quem nos visita, a nossa intrínseca e cordial hospitalidade (...) Portugal está pronto e conta consigo"
Não só vejo com tristeza o empenho no Euro e o abandono do país, das necessidades dos Portugueses naquilo que lhes garante qualidade de vida pela sua essencialidade (a paz, o pão, habitação, saúde, educação...)como me vem à memória uma exposição que um dia vi.
Foi no Teatro Experimental de Cascais, e era composta por testemunhos dos anos 40, época da peça que fui ver. Entre eles estava uma campanha, com cartazes e tudo, que recomendava aos Portugueses, e em particular aos da costa do Estoril, para ferozmente combaterem os insectos, melgas e mosquitos, ... porque estes incomodavam os turistas e davam má imagem de Portugal!
Sinto-me cada vez mais terceiro mundista, mas em bicos dos pés para parecer importante, evoluído... num país pindérico.
Mas como nem tudo pode ser mau, prometo que assim que puder irei escrever sobre algo positivo: a Feira do Livro. Por mais estagnada no tempo que esteja, é sempre um prazer lá deixar dinheiro. Fui no Sábado e... fica para o próximo post.
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