Passou o fim-de-semana, e afinal estava errado nalgumas coisas. A começar pelo sol que queria ter apanhado. Santa Cruz tem destas coisas: quando esperamos pelo sol, ele só aparece na hora da partida. Sábado foi assim
Mas confirmou-se. O país parou para ver a selecção. Perderam? Pois foi. Mas, quem é que andou para aí aos quatro ventos a dizer que éramos muito bons? Agora, aguentem-se. Quando a selecção for humilde, conseguirá alguns feitos.
Há quatro anos, porque estava sózinho e um pouco doente, vi todos os jogos do Europeu. Porque todos, mas mesmo todos, foram bem disputados, com velocidade, criatividade, golos... Este ano as coisas prometem. Tirando o França-Inglaterra os jogos foram fraquinhos em termos de qualidade.
Mas se o país parou para ver a bola, já não parou para ver o resultado das eleições. PAra além de 3/5 dos portugueses se estar a borrifar para a escolha da classe dirigente que tem poderes para nos entalar, a noite de escrutínio reduz-se, agora, a duas horitas de televisão. Longe vão os tempos em que se esperava pela madrugada para saber os resultados. Agora, nem dá para aquecer.
Os resultados foram os esperados. Claro que, para a coligação governamental, estes resultados não afectam a legitimidade do governo. Para o PS, afectam. Para a esquerda, estamos em condições para derrubar o governo.
Agora, não posso deixar de exprimir uma dúvida grave: volta e meia vêm para aí as teorias que defendem que a única forma de legitimar os juízes é submetê-los a eleição. Para quê? Para que uma minoria os escolha, directa ou indirectamente, e sob pressão de que interesses? Prefiro que sejam escolhidos ao longo de um processo de formação, com admissão e formação sujeita a avaliação (a qual poderá, isso sim, ser melhorada).
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