A equipa portuguesa de futebol, vulgo Selecção Nacional (como se noutras modalidades não existissem outras selecções nacionais) logrou realizar o feito de bater a sua congénere espanhola, juntando o útil (a sua eliminação do Euro) ao agradável (a vitória). O povão saltou para a rua, gastou as buzinas dos automóveis (sim, Noite, eu também escrevo "buzinas")esqueceu-se de dormir e festejou como se não houvesse amanhã e tudo o que há para ganhar já cá cantasse.
A bola anestesia as gentes. Ninguém recorda as eleições europeias ou o seu resultado. Ou sequer nota na aprovação sui generis da Constituição Europeia.Ou da quase impossibilidade de consenso para nomear o próximo Presidente da Comissão Europeia. Ou porque bastou o mercúrio no termómetro passar dos 30º para aparecerem incêndios pelo país.
Hoje a futebolite impera. As bestas de sábado passado são hoje bestiais. Amanhã o futuro o dirá. Nós, por cá, vamos vibrando com a bola. Mas mantendo os pés no chão e a atenção em alta pois nem só de relva e golos vive um Urso.
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