Com a pompa e circunstância que uma iniciativa deste calibre exige, já abriu ao público o Campo Pequeno com a cara lavada. No dia da abertura solene, a passadeira vermelha foi estendida e o programa festivo foi transmitido (!!?) na RTP1. No dia seguinte tínhamos a tourada de volta, para gáudio dos aficcionados da tortura animal e garantindo aos opositores daquele triste espectáculo uma oportunidade para se manifestarem. A tourada passou na TVI. Para não ficar de fora, a SIC estendeu a passadeira vermelha e ali desfilou os seus Globos de Ouro.
No dia seguinte à abertura solene passei pelo Campo Pequeno. O centro comercial ainda era um estaleiro, onde se cruzavam operários com andaimes e baldes de argamassa, empregadas de limpeza, bombeiros estudando as plantas para verificar e conceder alvará de segurança (sim, o centro abriu ao público sem as devidas licenças autorizadas pela CML). Cá fora andava-se aos ziguezagues por entre vedações de obras e camiões de carga, uns carregando material dali para fora, outros descarregando para as lojas. O supermercado estava cheio de gente bem vestida e copo na mão para a inauguração. Um velhote aproximou-se da entrada, esperançado de entrar e comparar os preços mas foi barrado pelo segurança.
Vêm os defensores das maternidades dizer que as mantenham abertas e não deixem abrir mais áreas comerciais. Pois. Esquecem-se é que as primeiras dependem do Estado gordo e despesista, e as segundas da iniciativa privada regida pelo lucro. E, pelos vistos, os centros comerciais continuam a ser uma boa fonte de lucro. Desde que tenham um supermercado e cinemas para atrair os clientes. Como é o caso.
No dia seguinte à abertura solene passei pelo Campo Pequeno. O centro comercial ainda era um estaleiro, onde se cruzavam operários com andaimes e baldes de argamassa, empregadas de limpeza, bombeiros estudando as plantas para verificar e conceder alvará de segurança (sim, o centro abriu ao público sem as devidas licenças autorizadas pela CML). Cá fora andava-se aos ziguezagues por entre vedações de obras e camiões de carga, uns carregando material dali para fora, outros descarregando para as lojas. O supermercado estava cheio de gente bem vestida e copo na mão para a inauguração. Um velhote aproximou-se da entrada, esperançado de entrar e comparar os preços mas foi barrado pelo segurança.
Vêm os defensores das maternidades dizer que as mantenham abertas e não deixem abrir mais áreas comerciais. Pois. Esquecem-se é que as primeiras dependem do Estado gordo e despesista, e as segundas da iniciativa privada regida pelo lucro. E, pelos vistos, os centros comerciais continuam a ser uma boa fonte de lucro. Desde que tenham um supermercado e cinemas para atrair os clientes. Como é o caso.
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Entretanto, um dia após a abertura, e no meio da confusão que descrevi, logo ali em frente, pela noite, alguém pegou nesta vaquinha
que com a sua base de betão pesa 400 kg., e a levou consigo.
Começa bem a Cowparade. Gamar uma das vacas sem que alguém detenha os bandidos é obra da descontracção. Estou mesmo a ver os tipos com ar profissional serem abordados por alguém que passa e pergunta:
- Então..., mas onde vão com a vaca?
- Oh amigo, como de costume alguém fez asneira. Esta vaca tem que ir para a Baixa por troca com outra que lá foi posta. Estes gajos enganam-se e nós é que andamos aqui de madrugada a fazer este trabalhinho.
- Ah..., coitados. Olhe, bom resto de trabalho.
-Obrigadinho, oh amigo!
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