6.7.04

Lucidez

Depois do muito que se falou, acabei finalmente de ler o Ensaio sobre a Lucidez, do Saramago.



Agora, tenho quase a certeza de que muitos dos que falaram sobre o livro, quanto muito, leram apenas as primeiras 50 páginas.

Já li muitos dos livros escritos por Saramago, e os meus favoritos são, sem dúvida, o Ensaio sobre a Cegueira, e a Jangada de Pedra. E, tenho que o dizer, esperava mais deste último Ensaio, especialmente porque ia beber na fonte do Ensaio sobre a Cegueira. Mas acho que ficou aquém daquilo que seria de esperar de Saramago. Tirando o final, que me surpreendeu e valeu pelo livro, tirando uma ou outra ideia verdadeiramente criativa, o livro arrasta-se nos lugares comuns que têm vindo a povoar as últimas obras de Saramago. Como já acontecera, por exemplo, em Todos os Nomes.
Contudo, não poderia não ler este livro. Demorou a fazê-lo, porque, infelizmente, longe vão os tempos em que pegava num livro e o lia de um fôlego. Tenho saudades dessa disponibilidade mental e de tempo.


A leitura deste livro também teve um episódio curioso. Com três quartos do livro lido deparo-me com 16 páginas em branco. Um erro de impressão evidente e verdadeiramente incomodativo.Tive que pedir emprestado outro exemplar ao meu pai para poder acabar o livro.
Por e-mail contactei a Caminho, e pouco depois (horas depois) recebi a resposta, informando-me sobre onde poderia fazer a troca do livro defeituoso, e com pedidos de desculpa. Optei pelo envio por correio porque os locais de troca não me ficavam em caminho. Enviei-o no dia 25.06. Ainda estou à espera do livro novo.
Quando chegar aviso.

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