O sol abrasador vai tornando os dias de férias verdadeiramente veraneantes. A praia é um escape agradável. Graças ao ar condicionado, exposições, museus e cinemas também convidam.
Fui ver o “Má Educação” do Almodovar. Excelente condução de uma história que se desenrola entre o presente e o passado, a realidade e a ficção. Interpretações seguríssimas, excessivas quanto baste. Reconstituição de época para os anos oitenta, década que começa a sair do buraco para onde foi remetida com vergonha.
Eu cresci nos anos oitenta, aí vivendo a adolescência. É, pois, com muito agrado e saudade que vejo um crescente número de obras a revisitar aqueles anos, de ressaca dos setenta, mas longe da massificação, da globalização plastificada que tomou conta dos anos noventa e deste novo século.
Voltando ao filme, e para concluir: cinco estrelas.
No domingo fui ver o Buddy Guy. Há muitos anos li num jornal alguém descrevê-lo como “o mais irados dos bluesman”. Sempre concordei com a imagem. E vi-a confirmada, não obstante, em palco, ter assumido uma atitude ligeira, comediante, mostrou o seu virtuosismo na guitarra e a garra da sua voz rouca e rasgada.
Continuo é a não perceber porque razão os concertos se ficam por noventa minutos de música. Sabe mesmo a pouco.
Portugal continua a arder. Ano após ano vejo que nada se aprende em Portugal. Ano após ano salta à evidência que os incêndios florestais dependem dos meios aéreos para ser combatidos. Estou em crer que Portugal só os irá adquirir quando não houver mais floresta para arder.
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