Jorge Sampaio está de saída. Chega Cavaco à presidência da República.
Ao fim de 10 anos Sampaio não ficará mal visto. Contudo parte do eleitorado nacional nunca deixará de o ver como o PR que pôs fim a um governo com maioria parlamentar.
No campo da Justiça, fez ao longo dos seus mandatos dos melhores, mais pertinentes e mais exactos discursos sobre a matéria. Produziu também as declarações mais despropositadas, infundadas e polémicas, especialmente sempre que era envolvido em matérias jurisdicionais, ou estava na berlinda o PS ou seus reputados elementos.
Para findar ficou-se por uma infundada e absurda afirmação relativa ao cúmulo jurídico, popular no meio prisional em que a proferiu mas completamente escusada.
Foi o típico exemplo de «dar uma no cravo e outra na ferradura», perdendo excelentes oportunidades para assegurar aquilo que era preciso dar à Justiça: paz, e grandes reformas, estruturadas, capazes de ultrapassar os quadros mentais assumidos há mais de 30 anos.
Adeus, Sampaio.
Seja bem-vindo, Sr. Cavaco. Veja lá, e não nos deixe ficar mal.
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