Numa altura em que algumas mentalidades economicistas apontam a instalação de uma central nuclear como o futuro energético para Portugal, não posso deixar de recordar uma luta vivida em força nos anos '80.
Quem é que não teve um um emblema ou autocolante para pôr ao peito com o sol sorridente, à vezes de óculos escuros ou a piscar um olho, e a dizer «Nuclear? Não obrigado».
Havia quem os colecionasse nas diversas línguas mundiais, e estavam à vista por todo o lado.
E os mais antigos, ainda a pensar atómico e não nuclear
Depois...
Depois veio Chernobyl e durante uns tempos a energia nuclear ficou na gaveta. Nada de projectos novos, argumentando-se ser necessário desenvolver novas tecnologias, novos mecanismos de segurança.
E enquanto se discute o fim do petróleo continuam a funcionar centrais construídas há quarenta anos. Os países mais pobres tentam desenvolver os seus programas nucleares, sempre com o estigma do potencial bélico que pode ser criado em simultâneo. E em Portugal fala-se numa central nuclear.
Acho que já era tempo de compreender que a energia nuclear a que devemos recorrer é aquela que emana do Sol que nos alumia. Que há mais energia neste planeta para aproveitar e com menos risco. Eólica. Geotérmica. Das marés.
Nuclear? Não obrigado.
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