Paris, França, vivem dias complicados. As fogueiras sucedem-se consumindo carros, casas, estabelecimentos, tudo sob a capa da exclusão social. Será?
Temo que algo que possa ter começado como uma legítima manifestação de desagrado contra as condições cada vez mais degradadas e degradantes em que vivem milhares de pessoas, essencialmente emigrantes, tenha descambado numa anarquia de contornos sádicos, destrutivos.
à medida que se sucedem as noites de incêndio, o cidadão comum sente-se a viver numa cidade sitiada. Os "desprotegidos", que vivem nos subúrbios de onde virão os "protestos" também não se sentirão a ganhar coisa alguma. O Estado vê-se perante a necessidade de impôr a força, assumir a repressão, ou perder o controlo das fundações da sua própria existência.
É que, bem vistas as coisas, do "lado de lá", por parte dos manifestantes, não há um rosto com quem dialogar. Não há diálogo possível. Ao Estado, representado pelo Governo, só cabe resolver a situação. Mediante a repressão, ou a cedência, tomando medidas... ou numa mitigada solução. Felizmente não me cabe escolher a solução, pois não faço ideia como se resolverá tal imbróglio.
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Por outros países aparecem arremedos de cópia do levantamento. Com que intenção.
A intenção anarca do caos que permite condutas ilícitas sem controlo. O caos é propício à exploração do indivíduo mais fraco, da maioria das pessoas comuns, por uma maioria sem escrúpulos.
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Nos outros países também há bairros nos subúrbios, minorias, emigrantes, pobres, desempregados, carências. Há que aprender a lidar com isto, sob pena de hipotecar muito do que se ganhou na segunda metade do sec. XX.
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