Foi o primeiro filme de M. Night Shyamalan que vi no cinema. O "Sexto Sentido" fez fruor quando foi lançado, mas não me atraíu. Acabei por vê-lo em casa, alugando-o, já "Inquebrável", o segundo filme tinha saído das salas. Fui dos que foi surprendido pelo final do filme, e fiquei curioso pela técnica do realizador, que me levou a, rapidamente, ver a sua obra seguinte. Sem surpresa, gostei da história pela fantasia que tem e por o realizador/autor não cair no facilitismo do gore, da violência ou do susto fácil. Porém, nem por isso vi o "Sinais".
Fui ver "A Vila" sem grande entusiasmo, admito-o. E, desta vez, não obstante o desejo de ser surpreendente, consegui "adivinhar" o filme à medida que este ia avançando. Exactamente por já ter uma noção daquilo que o realizador pretende ter, e pretende evitar. Mas, nem por isso o filme perde qualidade.
M. Night Shyamalan tem uma sensibilidade incrível para filmar o terror nas pessoas. A dúvida, a inquietude, a paixão, a força, a fé... Os actores cumprem com rigor e ele cria uma atmosfera brilhante, esteticamente irrepreensível e com uma fotografia encantadora.
"A Vila" é um filme a ver, seguramente. Não será uma obra de profunda revelação, mas é seguramente uma forma de paz, no terror.
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Outro terror ocorreu ontem. Não o vi em directo (não, não sou masoquista para tanto), mas acabei por ouvir parte na rádio. Foi tão arrepiante, irreal, mentiroso e demagógico, que nem sei o que dizer.
Até sei... mas não me apetece ser mal-educado assim, na escrita.
Palhaço!
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