17.11.08

Em Bruges


Este filme é daquelas pérolas que convém não perder, apesar da passagem relâmpago pelas salas nacionais (no Monumental já só tem uma sessão por dia). E digo isto porque é com prazer que se vê um filme cujo argumento foi cuidadosamente escrito e que tem diálogos desarmantes de tão brilhantes que são. Quem não vibrar com o discurso sobre a guerra entre brancos e negros, ou a combinação sobre como resolver um tiroteio sem ferir nenhum inocente seguramente perdeu há muito o sentido de humor.
Mas este resultado não será de estranhar se dissermos que o realizador/argumentista é Martin McDonagh, na sua primeira incursão cinematográfica mas que já nos deixou coisas para o teatro como o Pillowman.
Depois..., temos um elenco curto, mas muito seguro. Com Colin Farrell a fazer esquecer quão canastrão é, com Brendan Gleeson a ensinar-nos a contemplar, e Ralph Fiennes a temperar tudo com a acidez do seu malvado gangster.
No fundo, e de forma muito simples, a história passa por dois assassinos que, depois de um trabalho, são mandados para Bruges, cidade onde nada acontece, para esperar novas ordens. Oportunidade para explorar novos horizontes enquanto se luta com fantasmas do passado, os dois homens acabam por se envolver em algo mais que uma espera. E para saber o que isso é têm que ir ver o filme.
Não percam, porque Em Bruges é uma delícia de 5 estrelas à espera de ser saboreada com um sorriso nos lábios.

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