Durante vários anos julguei-me escrevinhador. Coincidiu com a adolescência e com a vida universitária. Nesses anos de vida académica produzi muito, e ainda aí encontro do melhor que já escrevi. Depois, com o início da vida laboral, a criatividade foi abafada pelas exigências das funções que desempenho, e só agora ameaça ressurgir.
Porém, ao ler aquilo que julgo ser "do melhor que já escrevi" sinto que a escrita é mesmo um passatempo, um veículo, um escape. A menos que venha a melhorar grandemente, apenas poderei ser um "escrevinhador". Sim, porque ao contrário daqueles que são editados em Portugal e se apelam de escritores, eu entendo que não basta escrever um "livro" que alguém edita, ou dois, ou três ou dez, para se poder arrogar ao título de escritor. E muita porcaria se edita por aí.
Por isso, agora que tenho este veículo, este blog, há já mais de um ano, e que comecei com a brincadeira de ir editando uns contos mais recentes, decidi abrir o baú e partilhar com aqueles que regularmente me lêem nestas páginas alguns dos contos que escrevi no passado. Espero que não me julguem pretensioso. Se julgarem, não se dêem ao trabalho de ler.
Vou começar por "editar" algo que escrevi em 1995. Dei-lhe o título de "Um imenso caldeirão" e é estruturado em pequenos contos interligados pelo espaço e pelo narrador. Por isso, vou "editar" um conto de cada vez. Aos poucos poderão ler na íntegra algo que está a fazer 10 anos. Quem diria.
São essas as linhas que se seguem.
São essas as linhas que se seguem.
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