31.1.05

Woody

Woody Allen realiza um filme por ano. Os críticos dizem sempre que é mais do mesmo, que a criatividade se esgotou e que já não são bons filmes.
Eu digo: é mais do mesmo, o homem consegue reinventar sempre o mesmo conceito, e cria personagens com uma profundidade que satifaz os amantes do cinema.
Quem viu um filme de Woody Allen viu todos. Mentira. As histórias podem ser previsíveis. MAs ninguém como ele sabe dar-nos personagens imperfeitos, com falhas de personalidade, problemas por resolver, inseguranças, neuroses e humor.
Melinda & Melinda é mais um porto seguro. Durante o tempo que estamos no escuro da sala entramos em comunhão com os personagens e reencontramos artifícios e situações talvez familiares. Mas, pegar num conceito, e dele fazer um drama e, simultâneamente, uma comédia romântica é um bom golpe de asa criativo. E, desta forma, temos dois filmes num só, que nunca se cruzam, mas seguem a par pois foi na mesma "realidade" que se basearam.
E, quando acabam, ficamos com vontade de ver o próximo. O próximo Woody Allen que certamente já estará filmado.
Até para o ano, Woody.

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