28.2.05

Ao correr da semana que findou


É em silêncio que José Sócrates vai construindo o seu Governo. Antes assim. Do habitual ruído criado pelas fugas de informação do "vai que não vai" para ministro acaba sempre por sobrar um gosta a amargo e a insatisfação. Pode ser que, desta vez, seja uma agradável surpresa o nome dos ministros escolhidos.
Ou talvez não.

O Professor Marcelo regressou à TV. Não o ouvi, porque já não tenho paciência para o dito. Mas, pelo menos, muita gente voltará a ter opinião política à segunda-feira. Quanto mais não seja, reproduzindo aquilo que ouviu na véspera, como acontecia quando o dito comentador era ouvido na TVI.
Uma coisa me apraz: Esperou pela passagem das eleições, evitando imiscuir-se nas mesmas opinando em plena campanha. Foi sensato.

Uma semana depois das eleições, e eu bem o dizia, só importa o Porto-Benfica de hoje. As prioridades das pessoas, alinhavadas nos media, são de fraca substância.

A telenovela do estado de saúde do Papa continua. É mais que evidente que a cada dia que passa se agrava a sua condição. As exigências do cargo que ocupa e da Igreja que representa levam a que não lhe seja concedido o repouso, a calma, a paz que entendo seriam preferíveis para quem a inevitabilidade da morte visivelmente se aproxima.
Nos corredores muito se falará na sua substituição. Para o exterior apenas palavras de apoio e segurança. O Papa pode reger a Igreja por escrito.
Todos vemos como poderá o senhor escrever.

A título de curiosidade, e para celebrar mais umas experiências positivas no atendimento público, relato dois eventos:
na repartição de Finanças do 8º Bairro Fiscal de Lisboa fui atendido de forma exemplar, eficaz e esclarecida por um funcionário que me resolveu aquilo que pretendia, não obstante eu ir "enganado", com os impresses errados preenchidos;
na Loja do Cidadão dos Restauradores, no Sábado, pretendendo alterar a morada no BI, renovando-o, tinha mais de cem (100!) números de senha à minha frente. Quando as pessoas trabalham durante a semana, acabam por optar e aproveitar o facto de disporem destes serviços ao fim-de-semana. Não é, pois, de estranhar a afluência.
Ainda assim, esperei apenas uma hora e meia, o que julgo razoável, e fui atendido por uma funcionária que, apesar de estar à horas naquele ambiente já pesado, a atender uma avalanche contínua de público, me recebeu com um sorriso, e calmamente mas sem perda de tempo, me despachou deixando esclarecido tudo o que se iria passar depois.

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