Entrou numa velocidade louca por ali adentro. Um rápido olhar, um mero vislumbre, disse-lhe que era da linha um que saía o comboio com destino a Paris. O quadrado verde já acendia e apagava. Eu até já ouvira a última chamada.
Cortando veloz pelo meio das pessoas, chegou a tempo de ver a traseira do mastodonte férreo a afastar-se, inatingível. Abrandou o passo. Parou. Estático, ombros caídos, viu o seu objectivo desaparecer. Viu tudo desaparecer. Fez meia volta e caminhou devagar.
Quando por mim passou tinha um olhar decidido. Derrotado..., mas decidido. Estava de t-shirt e as marcas nas veias não enganavam.
Fora tarde demais que escolhera.
A sua heroína partira. E a esperança com ela.
A que ficara não o salvaria.
A heroína que lhe restava só o levaria até à eternidade.
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