Sentou-se no chão. Via a léguas que era inglesa, ou de qualquer outro país britânico. Camisola cor de vinho. Calções largos, pretos. Ténis made in Indonesia. Não era nova. A cara branca, sardenta, já ostentava algumas linhas de idade. O cabelo ruivo estava baço, cansado. Os trinta certamente que já eram passado.
Olhou à volta displicentemente. Do saco emergia o topo de uma garrafa de litro e meio de água. Enfiou lá dentro a mão e extraiu um livro: "Women writers at work", da Penguin. Sentou-se no chão.
Começou a ler. As moscas implicavam comigo, mas não a vi, uma só vez que fosse, sacudir qualquer dos irritantes insectos. Parecia que não lhes interessava e mantinham-se ao largo.
Passado um pouco, descalçou-se. Com um à-vontade de quem está em casa lançou os ténis, com as meias lá dentro enfiadas, para o canto onde o saco encaixara. E continuou a leitura.
Nada à sua volta importava.
Estava incólume no seu mundo. O resto é supérfluo.
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